Política

Municípios de Minas solicitam prorrogação de prazo para adesão ao acordo de reparação de Mariana

Municípios de Minas Gerais protocolam ação por R$ 46 bilhões às mineradoras. Ação busca reparação por danos morais coletivos após tragédia de Mariana. Apenas 15 dos 49 municípios assinaram novo acordo de reparação. Prazo para adesão ao acordo se encerra em breve, gerando incertezas. Estudo aponta que tragédia reduziu em média dois anos e meio de vida da população.

Cidade de Mariana (MG) foi atingida pelo rompimento da barragem da Vale. (Foto: Christophe Simon/AFP)

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A Associação Mineira de Municípios (AMM) solicitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do prazo para que as prefeituras decidam sobre a adesão ao acordo de reparação pelos danos do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG). O prazo atual termina em 6 de fevereiro e, até o momento, apenas 15 dos 49 municípios afetados assinaram o acordo, que prevê um total de R$ 6,1 bilhões em pagamentos parcelados ao longo de 20 anos. As mineradoras afirmam que 19 cidades já comunicaram aceitação, enquanto outras quatro estão em vias de adesão. O novo acordo, firmado em outubro, totaliza R$ 100 bilhões, além dos R$ 70 bilhões já pagos.

A AMM argumenta que muitos prefeitos estão em início de mandato e não têm conhecimento do acordo, que impõe obrigações significativas. A associação considera o prazo de 120 dias para análise do acordo insuficiente para que os gestores compreendam as cláusulas e os impactos. Além disso, a AMM expressa preocupação com a possibilidade de que o acordo transfira responsabilidades de recuperação para as prefeituras, sem que tenham participado das negociações. Na semana anterior, o Consórcio Público Para Defesa e Revitalização do Rio Doce (Coridoce) e 23 prefeituras já haviam rejeitado o acordo nas condições atuais.

Enquanto isso, 21 municípios entraram com uma nova ação judicial pedindo R$ 46 bilhões às mineradoras por danos morais coletivos, liderados por Ouro Preto. O novo acordo, homologado pelo STF, visa resolver todas as ações judiciais relacionadas ao desastre de 2015, que resultou em 19 mortes e contaminação do Rio Doce. Até agora, apenas 15 municípios assinaram o acordo, e a ação judicial destaca que os valores propostos são insuficientes para reparar os danos causados.

Os municípios alegam que o acordo não atende aos objetivos de reparação integral e definitiva. A ação lista diversos danos, incluindo impactos ambientais, econômicos e sociais, e pede o reconhecimento da responsabilidade civil e ambiental das empresas Samarco, BHP e Vale. A peça processual possui 89 páginas, além de 800 páginas de anexos com laudos técnicos. Entre os dados apresentados, um estudo da FGV indica que a tragédia reduziu em média dois anos e meio a expectativa de vida da população afetada. As cidades que assinam a ação incluem Ouro Preto, Mariana, e várias outras de Minas Gerais e do Espírito Santo.

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