Ex-amante revela detalhes de plano para assassinar marido de brasileira na Itália

O julgamento de Adilma Pereira Carneiro, brasileira de 49 anos, acusado de planejar o assassinato de seu companheiro, Fabio Ravasio, na Itália, trouxe novas revelações. O ex-amante da ré, Massimo Ferretti, declarou que estava ciente do plano, que foi arquitetado em seu bar, em Parabiago. O crime ocorreu em 9 de agosto de 2024, quando Ravasio foi atropelado. Inicialmente tratado como acidente, as investigações revelaram que Adilma manipulou um grupo de sete pessoas, incluindo seu filho, Igor Benedito, para executar o crime.

Ferretti afirmou que Adilma convenceu os cúmplices de que era vítima de violência doméstica e que Ravasio molestava os filhos. Ela tentou contratar um matador de aluguel, mas, ao custo de 100 mil euros, decidiu simular um acidente. Durante o julgamento, Ferretti a acusou de manipular pessoas sem antecedentes criminais para participar do plano. O processo continua, com outros réus prestando depoimento em 7 de abril.

Além do caso atual, Adilma também é investigada por um crime anterior, a morte de seu segundo marido, Michele Della Malva, em 2011. A promotoria prendeu Maurizio Massè, ex-marido da cunhada de Della Malva, que teria cometido o crime a mando de Adilma. A morte foi inicialmente considerada um mal súbito, mas agora é reavaliada como overdose, com a acusação de que Della Malva foi forçado a ingerir cocaína.

Adilma, que viveu em São Paulo e foi presa anteriormente por tráfico de drogas, é conhecida na Itália como a "Louva-a-Deus de Parabiago". Ela e Ravasio, que tinha um patrimônio de 3 milhões de euros, tinham dois filhos. A juíza Anna Giorgetti destacou a ganância de Adilma, que prometeu recompensas aos cúmplices. A complexidade do caso, envolvendo múltiplos relacionamentos e crimes, continua a ser investigada, com a possibilidade de condenações por ambas as mortes.