Tribunal sul-coreano determina libertação de Yoon Suk Yeol enquanto aguarda impeachment

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi autorizado a deixar a prisão nesta sexta-feira, 7 de março, após mais de um mês detido. Yoon, que enfrentava acusações de insurreição devido à declaração de lei marcial no ano passado, teve sua prisão revogada pelo Tribunal do Distrito Central de Seul. A corte determinou que a insurreição não está sob a jurisdição da Corruption Investigation Office for High-Ranking Officials (CIO), que havia solicitado o mandado de prisão.

A decisão judicial também levantou questões sobre a legalidade da detenção, afirmando que a acusação de insurreição foi apresentada após o término do período legal de detenção. O tribunal enfatizou a necessidade de "clareza processual" e a eliminação de dúvidas sobre a legalidade do processo investigativo. Com a revogação do mandado, Yoon poderá aguardar o veredicto sobre seu impeachment em liberdade.

Os advogados de Yoon celebraram a decisão, afirmando que a corte reafirmou os princípios legais no país. A situação política na Coreia do Sul permanece instável, com o governo enfrentando desafios significativos, incluindo o impeachment do primeiro-ministro e do presidente interino. A Corte Constitucional deve decidir em breve se mantém ou anula o impeachment de Yoon, que agora poderá acompanhar o processo fora da prisão.

A libertação de Yoon é vista como um momento importante para seus apoiadores, que têm se reunido em frente ao centro de detenção desde sua prisão. O presidente do People Power Party, Kwon Young-se, elogiou a decisão, expressando esperança de que a Corte Constitucional tome uma decisão justa baseada em valores constitucionais durante o julgamento de impeachment.