12 de mar 2025
Funcionários da Usaid recebem ordem para destruir documentos confidenciais e pessoais
A Usaid enfrenta demissões e mudanças sob a administração de Donald Trump. Erica Carr, da Usaid, ordenou a destruição de documentos confidenciais. A destruição pode impactar processos judiciais contra o governo Trump. O sindicato alerta sobre consequências legais para funcionários envolvidos. A suspensão da ajuda externa pode abrir espaço para influência de adversários.
A sede da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em Washington, DC. (Foto: Bloomberg)
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Funcionários da Usaid, principal agência de ajuda dos Estados Unidos, receberam ordens para destruir documentos confidenciais, conforme um memorando de uma autoridade sênior. Essa decisão gerou preocupações legais e reações do sindicato que representa os trabalhadores da agência no exterior. Desde a posse de Donald Trump, em janeiro, a administração já demitiu milhares de funcionários e implementou medidas que deixaram a sede da organização quase vazia.
Em um e-mail, Erica Carr, secretária-executiva interina da Usaid, solicitou que os funcionários triturassem o máximo de documentos possível, utilizando sacos de queima quando necessário. A mensagem também orientava a rotular os sacos com as palavras “secreto” e “escritório independente da Usaid”. A legalidade dessa destruição é questionada, uma vez que a Lei de Registros Federais exige autorização do Arquivo Nacional para a eliminação de certos registros.
Após o envio do e-mail, dois grupos processaram a agência para impedir a destruição de documentos, alegando descumprimento das normas de preservação. A Associação Americana do Serviço Estrangeiro expressou preocupação com a destruição de documentos que poderiam ser relevantes para litígios em andamento, enfatizando a importância da preservação para a transparência e responsabilidade governamental.
Além disso, o secretário de Estado, Marco Rubio, cancelou 83% dos contratos da Usaid, transferindo a jurisdição da agência para o Departamento de Estado. Essa mudança, parte dos esforços da administração Trump para reduzir gastos com ajuda externa, resultou no fechamento de programas essenciais, incluindo iniciativas de nutrição e fornecimento de água potável. Especialistas alertam que a suspensão da ajuda pode criar um vácuo que favorece adversários dos EUA, como a China, comprometendo a influência americana global.
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