Política

Tensão aumenta na Argentina após violento confronto entre manifestantes e polícia

Conflito recente na Argentina resultou em mais de 100 detenções e feridos. Fotojornalista Pablo Grillo foi gravemente ferido por gás lacrimogêneo. Governo Milei atribui violência a "grupos de esquerda" e anuncia acusações. A nova Lei Antimáfias pode levar detidos a penas de até 20 anos. Protestos de aposentados refletem crise social e resistência ao ajuste fiscal.

O fotojornalista Pablo Grillo, ferido na cabeça por uma cápsula de bomba de gás lacrimogêneo da polícia de Buenos Aires, na Argentina (Foto: Nicolas Suarez/AFP)

O fotojornalista Pablo Grillo, ferido na cabeça por uma cápsula de bomba de gás lacrimogêneo da polícia de Buenos Aires, na Argentina (Foto: Nicolas Suarez/AFP)

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A Argentina enfrenta as consequências de um dos confrontos mais violentos entre manifestantes e policiais durante o governo de Javier Milei, que está no poder há 15 meses. Mais de cento manifestantes foram detidos, e entre os feridos, destaca-se o fotojornalista Pablo Grillo, que se encontra em estado grave após ser atingido na cabeça por uma cápsula de gás lacrimogêneo. O incidente ocorreu durante uma marcha em frente ao Congresso, onde aposentados protestavam por aumentos nas pensões, com a participação de torcidas organizadas.

Ministros do governo alegaram que houve uma tentativa de golpe de Estado, responsabilizando "grupos de esquerda" pela escalada da violência. A repressão resultou na prisão de 114 pessoas, que foram liberadas rapidamente por um juizado penal que criticou a ação policial. A juíza Karina Giselle Andrade ressaltou que as prisões comprometeram o direito constitucional de protesto e a liberdade de expressão, especialmente em um dia em que idosos também participaram da manifestação.

A ministra da Justiça, Patricia Bullrich, anunciou que os detidos enfrentarão acusações sob a nova Lei Antimáfias, que prevê penas de até 20 anos de prisão. O caso de Grillo gerou comoção nacional, com sua família envolvida em militância social. Bullrich o descreveu como "um militante kirchnerista", enquanto o chefe de gabinete de Milei, Guillermo Francos, minimizou a situação como uma "lamentável consequência".

O governador da capital, Jorge Macri, informou que 25 manifestantes e 20 policiais ficaram feridos, e houve destruição de veículos e infraestrutura pública, com um custo estimado de 260 milhões de pesos (R$ 1,4 milhão). O protesto, que ocorre semanalmente há décadas, ganhou força sob o governo de Milei, especialmente entre aposentados que enfrentam dificuldades financeiras, com aposentadorias em torno de 279 mil pesos (R$ 1.525). A situação se agravou com a união de torcidas organizadas e grupos de esquerda, intensificando os conflitos que já haviam ocorrido em protestos anteriores.

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