Política

Cecot: a megaprisão de El Salvador que abriga deportados e gangues sob severas condições

O Cecot, inaugurado em julho de 2022, abriga até 40 mil detentos. Recentemente, 261 deportados dos EUA foram enviados, incluindo membros da MS 13. O governo dos EUA pagará $6 milhões para sustentar o sistema penitenciário salvadorenho. Condições no Cecot são severas, com denúncias de abusos e falta de direitos básicos. Bukele suspendeu direitos constitucionais, resultando em mais de 87 mil prisões sem devido processo.

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A Cecot, ou Centro de Confinamento de Terroristas de El Salvador, é a maior prisão da América Latina, com capacidade para 40 mil detentos. Recentemente, o governo dos Estados Unidos deportou 261 indivíduos, incluindo 238 venezuelanos e 23 salvadorenhos acusados de pertencer a gangues, para essa instalação, que é símbolo da repressão ao crime no país. O presidente Nayib Bukele ofereceu o espaço como parte de um acordo em que os EUA pagariam US$ 6 milhões para ajudar a manter o sistema penitenciário, que custa R$ 200 milhões anualmente.

As condições na Cecot são extremamente severas. Os novos prisioneiros são recebidos com tratamento brutal, sendo obrigados a se ajoelhar e ter os cabelos raspados sob gritos de oficiais. Os detentos passam 23,5 horas por dia em celas superlotadas, com apenas 30 minutos de liberdade diária para exercícios ou leituras bíblicas. As celas são desprovidas de conforto, com apenas beliches de metal e sem acesso a livros ou correspondência. A alimentação é restrita, com predominância de feijão e macarrão, e a carne é proibida.

Desde a inauguração da Cecot em julho de 2022, o governo de Bukele tem enfrentado críticas de grupos de direitos humanos, que denunciam a falta de garantias legais e o tratamento desumano dos prisioneiros. A prisão abriga tanto condenados quanto aqueles que aguardam julgamento, muitos dos quais foram detidos sem devido processo. O estado de emergência vigente no país, que suspendeu direitos constitucionais, permitiu a prisão de quase 87 mil pessoas em três anos, o que representa mais de 1% da população salvadorenha.

Bukele defende suas políticas como necessárias para combater a violência e a criminalidade, transformando El Salvador de uma das nações mais violentas do mundo em um lugar mais seguro. No entanto, críticos apontam que as medidas têm resultado em violações de direitos humanos e detenções arbitrárias. A Cecot, com seu rigoroso regime de segurança e condições desumanas, exemplifica a abordagem extrema do governo na luta contra o crime.

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