20 de mar 2025
Globo é condenada a indenizar atriz em R$ 500 mil por racismo e assédio moral
Justiça do Trabalho condena a Globo a indenizar Roberta Rodrigues em R$ 500 mil por assédio moral e racismo institucional durante "Nos Tempos do Imperador".
Roberta Rodrigues como Lupita na novela 'Nos Tempos do Imperador' (Foto: Camilla Maia/TV Globo)
Ouvir a notícia:
Globo é condenada a indenizar atriz em R$ 500 mil por racismo e assédio moral
Ouvir a notícia
Globo é condenada a indenizar atriz em R$ 500 mil por racismo e assédio moral - Globo é condenada a indenizar atriz em R$ 500 mil por racismo e assédio moral
A Justiça do Trabalho determinou que a Globo pague uma indenização de R$ 500 mil à atriz Roberta Rodrigues, devido a acusações de assédio moral e racismo institucional durante as gravações da novela Nos Tempos do Imperador. Em um post no Instagram, Roberta expressou sua satisfação com a decisão, afirmando que as situações vividas não eram fruto de sua imaginação. O processo, que tramita em segredo de Justiça, ainda pode ser contestado por ambas as partes.
A juíza responsável pelo caso considerou que o ambiente de trabalho prejudicou a saúde de Roberta, que foi diagnosticada com burnout e ficou afastada por aproximadamente três meses. A emissora, por sua vez, nega as alegações e argumenta que a atriz participou de outras produções após a novela. Inicialmente, a ação pedia R$ 10 milhões, mas a Justiça fixou a indenização em 5% desse valor.
A defesa de Roberta, composta pelos advogados Carlos Nicodemos e Cinthia Carvalho, está avaliando a possibilidade de recorrer da quantia, alegando que o valor não reflete a capacidade econômica da Globo. O caso é visto como um exemplo do debate sobre o racismo estrutural na indústria artística, segundo a análise do time jurídico da atriz.
As denúncias surgiram em 2022, quando o compliance da Globo recebeu reclamações sobre racismo nas gravações. Roberta, junto com outras atrizes, denunciou o diretor artístico Vinicius Coimbra por tratamento desigual entre artistas negros e brancos, resultando na demissão dele. A novela, exibida entre 2021 e 2022, enfrentou críticas por romantizar a escravidão e por erros históricos, levando a autora, Thereza Falcão, a se desculpar publicamente e a contratar uma revisora para corrigir imprecisões no texto.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.