08 de abr 2025
Juiz determina que Casa Branca restaure acesso da Associated Press a eventos presidenciais
Juiz determina que Casa Branca restabeleça acesso da Associated Press, após restrições por uso do termo "Golfo da América". Decisão reforça liberdade de imprensa.
Donald Trump segura um decreto recém-assinado nesta terça-feira na Casa Branca (Foto: Evan Vucci/AP)
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Um juiz federal dos Estados Unidos, Trevor McFadden, determinou que a Casa Branca deve restaurar o acesso da Associated Press (AP) ao Salão Oval e a outros eventos presidenciais. A decisão foi tomada após a administração de Donald Trump restringir o acesso da agência em fevereiro, em resposta à recusa da AP em adotar o termo "Golfo da América", imposto pelo presidente. McFadden afirmou que essa restrição violava a Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de expressão.
O juiz destacou que, se o governo permite a entrada de alguns jornalistas, não pode excluir outros com base em suas opiniões. A decisão não garante acesso permanente, mas assegura que a AP não pode ser tratada de forma desigual em relação a outras agências de notícias. A Casa Branca tem cinco dias para apelar da decisão, mas ainda não anunciou seus planos.
A AP entrou com uma ação judicial contra três assessores da Casa Branca, alegando que a restrição era uma forma de retaliação. O advogado da AP, Charles Tobin, argumentou que a agência foi alvo de uma "retaliação abjeta" por parte do governo. A AP, que se recusa a usar o novo nome para o Golfo, defende que sua decisão é baseada em uma prática jornalística de longa data.
A decisão do juiz representa um revés para a administração Trump, que havia mudado a política de acesso à imprensa, excluindo a AP do grupo de jornalistas que cobrem eventos presidenciais. O advogado do Departamento de Justiça argumentou que a Casa Branca tem a prerrogativa de decidir quem faz parte do pool de imprensa, mas a decisão de McFadden reafirma a importância da liberdade de imprensa e o direito de acesso à informação.
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