FTC processa Meta por aquisições do Instagram e WhatsApp, buscando desmembramento da empresa

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) está processando a Meta, alegando que as aquisições do Instagram e do WhatsApp, realizadas por Mark Zuckerberg em 2012 e 2014, foram ilegais. O julgamento terá início em 14 de outubro e a FTC argumenta que essas compras impediram a concorrência e que a qualidade dos aplicativos da Meta diminuiu, com aumento de anúncios e redução nas proteções de privacidade.

A contestação representa uma ameaça significativa ao domínio da Meta, que possui um valor de mercado de aproximadamente R$ 1,3 trilhão. A separação dos aplicativos poderia desmantelar a integração entre eles e o Facebook, além de levantar questões sobre a avaliação de aquisições pelo governo. A Meta defende que as aquisições beneficiaram a concorrência e os consumidores, e critica a FTC por contestar acordos feitos há mais de uma década.

O caso também poderá influenciar a supervisão do governo sobre a competição no setor de tecnologia, que mudou consideravelmente desde a ação judicial inicial da FTC durante o governo de Donald Trump. A Meta enfrentará um tribunal que já lida com outros casos antitruste, como o do Google, e a decisão sobre a Meta pode levar anos, começando pela avaliação se as aquisições violaram a lei.

Além disso, a Meta está sob investigação por supostas violações de um acordo de privacidade de 2019, e enfrenta um processo relacionado a investidores. Especialistas acreditam que um acordo pode ser mais favorável do que um longo processo judicial, especialmente considerando a relação entre Zuckerberg e Trump, que pode influenciar o resultado do caso.