10 de abr 2025
Polícia Federal investiga esquema de desvio de emendas parlamentares com mais de 100 codinomes
A Operação Overclean revela tentativas de destruição de provas por investigados, incluindo empresários e políticos, após investigações da PF.
O empresário José Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", está no centro das investigações. (Foto: Reprodução/TV Globo)
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A Polícia Federal (PF) identificou mais de cem codinomes em planilhas apreendidas durante a Operação Overclean, que investiga um esquema de desvio de emendas parlamentares. Os alvos incluem empresários, políticos e servidores públicos, supostamente envolvidos em fraudes em licitações. A PF destacou três núcleos na organização criminosa: central, operacional e de apoio informal, com a liderança atribuída a empresários como José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”.
Após a operação, a PF flagrou tentativas de destruição de provas pelos investigados. Conversas interceptadas revelaram que funcionários de Moura discutiam o uso de uma fragmentadora de papel logo após sua prisão. Além disso, mensagens de WhatsApp indicaram que outros membros da organização tentaram ocultar documentos e limpar seus celulares para evitar incriminação. A PF registrou que Moura movimentou R$ 435 mil com uma autoridade de foro privilegiado, sem justificativa aparente.
Os diálogos também mostraram que Bruno Oitaven Barral, ex-secretário de Educação de Salvador, atuava para beneficiar a empresa Larclean Saúde Ambiental em licitações. A PF apontou que a renovação contratual da empresa foi fraudada, garantindo sua manutenção como contratada por pelo menos seis anos. Barral foi exonerado após a operação e é investigado por sua possível ligação com a organização em Belo Horizonte.
A PF solicitou a prisão preventiva de vários envolvidos, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) negou o pedido, considerando que as tentativas de destruição de provas ocorreram antes da imposição de medidas cautelares. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que as restrições já eram suficientes, mas deixou em aberto a possibilidade de reavaliação caso novos fatos surgissem. A operação Overclean já movimentou R$ 1,4 bilhão, com a PF buscando aprofundar as investigações sobre as ligações políticas e financeiras dos envolvidos.
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