A Polícia Federal está investigando um esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares, chamado Operação Overclean. Mais de cem codinomes foram encontrados em documentos apreendidos, e os alvos incluem empresários, políticos e servidores públicos que supostamente fraudaram licitações. A PF identificou três grupos dentro da organização criminosa, sendo que os empresários José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, e seus sócios estão no comando.
Após a operação, a PF flagrou tentativas de destruir provas. Funcionários de Moura foram ouvidos falando sobre o uso de uma fragmentadora de papel logo após sua prisão. Outros membros da organização também tentaram apagar mensagens e limpar seus celulares para evitar problemas com a Justiça. Além disso, Moura movimentou uma quantia significativa de dinheiro com uma pessoa que tem foro privilegiado, sem explicação clara.
Um ex-secretário de Educação de Salvador, Bruno Oitaven Barral, é investigado por ajudar uma empresa a ganhar licitações de forma irregular. Ele foi demitido após a operação e está sendo analisado por suas ligações com a organização em Belo Horizonte.
A PF pediu a prisão de várias pessoas envolvidas, mas a Procuradoria-Geral da República negou, alegando que as tentativas de destruir provas ocorreram antes de medidas de proteção serem impostas. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal disse que as restrições já eram suficientes, mas pode reavaliar se novas informações surgirem. A operação já movimentou um valor alto, e a PF continua a investigar as conexões políticas e financeiras dos envolvidos.
A Polícia Federal (PF) identificou mais de cem codinomes em planilhas apreendidas durante a Operação Overclean, que investiga um esquema de desvio de emendas parlamentares. Os alvos incluem empresários, políticos e servidores públicos, supostamente envolvidos em fraudes em licitações. A PF destacou três núcleos na organização criminosa: central, operacional e de apoio informal, com a liderança atribuída a empresários como José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”.
Após a operação, a PF flagrou tentativas de destruição de provas pelos investigados. Conversas interceptadas revelaram que funcionários de Moura discutiam o uso de uma fragmentadora de papel logo após sua prisão. Além disso, mensagens de WhatsApp indicaram que outros membros da organização tentaram ocultar documentos e limpar seus celulares para evitar incriminação. A PF registrou que Moura movimentou R$ 435 mil com uma autoridade de foro privilegiado, sem justificativa aparente.
Os diálogos também mostraram que Bruno Oitaven Barral, ex-secretário de Educação de Salvador, atuava para beneficiar a empresa Larclean Saúde Ambiental em licitações. A PF apontou que a renovação contratual da empresa foi fraudada, garantindo sua manutenção como contratada por pelo menos seis anos. Barral foi exonerado após a operação e é investigado por sua possível ligação com a organização em Belo Horizonte.
A PF solicitou a prisão preventiva de vários envolvidos, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) negou o pedido, considerando que as tentativas de destruição de provas ocorreram antes da imposição de medidas cautelares. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que as restrições já eram suficientes, mas deixou em aberto a possibilidade de reavaliação caso novos fatos surgissem. A operação Overclean já movimentou R$ 1,4 bilhão, com a PF buscando aprofundar as investigações sobre as ligações políticas e financeiras dos envolvidos.
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