Meta enfrenta FTC em julgamento antitruste que pode resultar na venda de Instagram e WhatsApp

A Meta enfrentará a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) em um julgamento antitruste que começa na próxima segunda-feira. O caso pode resultar na venda do Instagram e do WhatsApp, com base nas alegações da FTC de que a Meta monopoliza o mercado de redes sociais. O CEO Mark Zuckerberg e outros executivos da empresa, assim como líderes de concorrentes como TikTok e YouTube, devem testemunhar durante o processo.

A FTC argumenta que a Meta não deveria ter adquirido o Instagram por R$ 1 bilhão em 2012 e o WhatsApp por R$ 19 bilhões em 2014, afirmando que essas aquisições prejudicaram a concorrência. A agência busca desmembrar essas plataformas da Meta, alegando que a empresa mantém sua dominância ao evitar competição direta. Em resposta, a Meta defende que não é um monopólio e que suas aquisições não prejudicaram o mercado.

O julgamento, que pode durar várias semanas, testará os limites das leis antitruste dos Estados Unidos em relação a aquisições corporativas. A FTC terá que demonstrar que a Meta não apenas monopolizou o mercado, mas que suas aquisições causaram danos à concorrência. A definição do mercado em que a Meta opera será crucial para o desfecho do caso, conforme destacado por Prasad Krishnamurthy, professor de direito.

Embora o caso tenha sido inicialmente rejeitado em 2021, a FTC apresentou uma queixa revisada com mais detalhes, permitindo que o processo prosseguisse. A mudança na liderança da FTC, com a nomeação de Andrew Ferguson, levanta questões sobre a continuidade da rigorosa abordagem antitruste adotada anteriormente. Ferguson, no entanto, afirmou que a FTC está comprometida em garantir a conformidade com as leis antitruste, mantendo o foco no julgamento que se aproxima.