Política

Uso de voos da FAB pelo STF gera polêmica; mais de 70% das viagens tinham um único passageiro

Mais de 70% dos voos da FAB para o STF desde 2023 foram para um único ministro, incluindo viagens pessoais. Sigilo sobre passageiros é ampliado.

Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (Foto: Pedro Ladeira - 1.fev.24/Folhapress)

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Mais de setenta por cento dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) utilizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2023 tinham previsão de levar apenas um ministro. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O uso das aeronaves aumentou após os ataques de oito de janeiro de 2023, quando a segurança dos integrantes da corte foi alegada como justificativa.

No total, foram cento e cinquenta e quatro voos, dos quais cento e dez tinham apenas um ocupante previsto. As viagens incluem compromissos privados, como a participação em casamentos. O sigilo sobre os passageiros foi ampliado, com informações ocultadas por um período de cinco anos. O STF afirmou que as solicitações de voos seguem a legislação vigente.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também utilizou voos da FAB para eventos pessoais, como o casamento de um colega. Alexandre de Moraes, um dos ministros que mais usa as aeronaves, fez deslocamentos que coincidem com compromissos sociais. Em um caso, viajou para São Luís (MA) para um casamento, embora os nomes dos passageiros não tenham sido divulgados.

A diretora de programas da Transparência Brasil, Marina Atoji, criticou o uso das aeronaves para fins pessoais, afirmando que a segurança deve ser justificada por situações concretas. O STF, por sua vez, defende que as solicitações são baseadas em análises técnicas de segurança. A prática de utilizar voos da FAB para compromissos pessoais levanta questões sobre a racionalização do gasto público.

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