Política

Assassinato de quatro jovens em Guayaquil expõe a brutalidade da violência militar e narcotráfico

Dezesseis militares estão detidos após o assassinato de quatro meninos em Guayaquil, enquanto a família critica a falta de apoio do governo.

Katty Bustos, mãe de Ismael e Josué, ao lado do esposo, Luis Arroyo, e da filha, durante vigília pelos meninos, em Guayaquil, no Equador (Foto: Santiago Arcos/Reuters)

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Os irmãos Ismael e Josué Arroyo, junto com dois amigos, foram assassinados em Guayaquil, Equador, após serem detidos por militares em dezembro de 2024. O crime gerou grande repercussão e evidenciou a violência crescente no país. Os corpos dos meninos, de 15 e 14 anos, foram encontrados queimados, com sinais de tortura e disparos nas costas.

Atualmente, dezesseis militares estão presos e uma investigação está em andamento. O presidente do Equador, Daniel Noboa, sugeriu que os meninos sejam considerados heróis nacionais, mas a família critica a falta de apoio do governo e a tentativa de desonrar a memória dos filhos. O pai, Luis Arroyo, afirmou que os meninos sonhavam em ajudar a família por meio do futebol.

O crime impactou a comunidade local, onde muitos jovens enfrentam a realidade do narcotráfico e a violência. O Comitê pela Defesa dos Direitos Humanos (CDH) registrou 33 casos de desaparecimento forçado envolvendo patrulhas militares em 2024, sendo sete deles menores de idade. A maioria dos casos ocorreu em áreas costeiras, onde a população afroequatoriana é mais vulnerável.

Apesar de uma redução de 16% nos homicídios em 2023, a violência continua alarmante, com 1.300 assassinatos registrados nos primeiros dias de 2025. Noboa busca parcerias com empresas de segurança privada, como a Blackwater, em uma tentativa de controlar a situação. A insegurança e a falta de oportunidades levam muitos jovens a se envolverem com o crime, aumentando a evasão escolar e a exploração por facções criminosas.

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