12 de abr 2025
Rússia intensifica repressão em áreas ocupadas, enquanto crianças enfrentam risco de 'russificação'
Irmãos ucranianos fogem da ocupação russa após perderem os pais e enfrentarem a ameaça de deportação e russificação nas escolas.
O estudante ucraniano, cujos pais foram levados de casa por militares russos, fugiu da ocupada Kherson e hoje vive em Kiev. (Foto: Patrícia Campos Mello/Folhapress)
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Andrii e Oleh, irmãos ucranianos, perderam os pais para as forças russas em Kherson em junho de 2022. Eles enfrentaram a pressão da russificação nas escolas e a ameaça de deportação para campos de reeducação. Com a ajuda da organização Save Ukraine, conseguiram fugir.
As forças russas ocupam 20% do território ucraniano, afetando cerca de seis milhões de pessoas, incluindo 1,5 milhão de crianças e adolescentes. Esses jovens estão sujeitos a um currículo escolar que retrata a Ucrânia como um "Estado neonazista" e muitos são forçados a abrir mão de seus passaportes ucranianos para acessar serviços básicos.
Relatos indicam que as autoridades russas ameaçam pais com multas e prisão se não matricularem seus filhos em escolas com conteúdo russo. O currículo inclui livros que justificam a invasão da Ucrânia e restringem o ensino da língua ucraniana. Especialistas alertam que crianças sob ocupação sofrem de estresse crônico e ansiedade.
Após a detenção dos pais, Andrii foi interrogado por policiais russos e pressionado a atuar como informante. Ele e seu irmão temiam pela deportação de Oleh e pela convocação de Andrii para o Exército russo. A organização Save Ukraine já resgatou 617 crianças de áreas ocupadas, enfrentando casos de adoção forçada na Rússia.
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