Política

Comissão Especial identifica corpos de Dênis Casemiro e Grenaldo da Silva, vítimas da ditadura

Comissão identifica corpos de Dênis Casemiro e Grenaldo de Jesus, desaparecidos políticos da ditadura, em cerimônia na Unifesp.

Fotos de desaparecidos políticos são erguidas em cerimônia da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, realizada na Unifesp (Foto: Márcia Magalhães/Folhapress)

Fotos de desaparecidos políticos são erguidas em cerimônia da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, realizada na Unifesp (Foto: Márcia Magalhães/Folhapress)

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Comissão identifica corpos de desaparecidos políticos na vala de Perus

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos anunciou a identificação dos corpos do pedreiro Dênis Casemiro e do marinheiro Grenaldo de Jesus da Silva. Os dois foram vítimas da ditadura militar e seus restos mortais estavam ocultos na vala de Perus, na zona norte de São Paulo.

A identificação de Dênis Casemiro, desaparecido em 1971, corrige um erro histórico. Em 1991, ossadas foram erroneamente atribuídas a ele devido a um processo de sobreposição gráfica. A tecnologia de DNA foi crucial para a identificação correta, conforme explicou Samuel Teixeira, coordenador científico da comissão.

Exames de DNA foram decisivos para vincular os perfis genéticos dos familiares de Casemiro aos remanescentes ósseos encontrados. A colaboração dos familiares, fornecendo amostras biológicas, e a abordagem multidisciplinar das ciências forenses foram fundamentais no processo.

Grenaldo de Jesus da Silva, militar da Marinha, foi preso em 1964 e morto em 1972 ao tentar capturar uma aeronave em Congonhas. Ele foi inicialmente sepultado como indigente e constava como desaparecido até a identificação.

A cerimônia de anúncio ocorreu na Unifesp, com a presença de familiares e autoridades. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou que o dia é de vitória, mas também de dor e consternação. O Ministério reconheceu recentemente a negligência do governo federal na guarda e identificação das ossadas de Perus entre 1990 e 2014.

Dênis Casemiro, pedreiro e integrante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foi preso, torturado e executado em 1971 pela equipe do DOPS/SP. A vala de Perus foi descoberta em 1990, durante a gestão da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina.

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