Política

Lula concede asilo a Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru condenada por corrupção

Asilo a Nadine Heredia reacende polêmica sobre corrupção no Peru e a relação do Brasil com a Lava Jato, desafiando a credibilidade da Justiça peruana.

Condenada por lavagem de dinheiro, Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, desembarca em São Paulo com asilo diplomático (Foto: Carlos FABAL / AFPTV / AFP)

Condenada por lavagem de dinheiro, Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, desembarca em São Paulo com asilo diplomático (Foto: Carlos FABAL / AFPTV / AFP)

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Asilo a ex-primeira-dama peruana gera polêmica e reacende debate sobre Lava Jato

O governo brasileiro concedeu asilo a Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. A decisão, que incluiu o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e a obtenção de salvo-conduto do Peru, provocou críticas e questionamentos sobre a relação do Brasil com as investigações da Lava Jato.

Heredia foi condenada por envolvimento em esquema de corrupção com a Odebrecht e o governo venezuelano, utilizando recursos para financiar campanhas eleitorais do ex-presidente Ollanta Humala, seu marido. Segundo delações premiadas, o pedido de doação ilegal partiu do Partido dos Trabalhadores (PT), inclusive do então presidente Lula.

Delatores apontam participação do PT no esquema de corrupção

Ex-executivos da Odebrecht revelaram que a doação de US$ 3 milhões para a campanha de Humala em 2011 foi solicitada pelo PT, visando interesses geopolíticos. Marcelo Odebrecht afirmou que o pedido veio diretamente de Lula, enquanto Antonio Palocci detalhou a solicitação à campanha de Humala.

A atuação da Odebrecht no Peru, similar à do Brasil, envolveu fraude em licitações e financiamento ilegal de campanhas políticas, atingindo pelo menos quatro ex-presidentes peruanos. Alejandro Toledo e Pedro Pablo Kuczynski já estão presos, enquanto Alan García cometeu suicídio ao ser alvo de mandado de prisão.

Governo Lula defende decisão e alega motivações humanitárias

O governo brasileiro justificou a concessão do asilo com base em alegações de perseguição política e problemas de saúde de Heredia. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, buscou minimizar o desgaste político, atribuindo a responsabilidade pela decisão a si mesmo.

No entanto, fontes do governo e da defesa de Heredia confirmam que o próprio presidente Lula solicitou o salvo-conduto à presidente do Peru, Dina Boluarte. A decisão de utilizar um avião da FAB para o resgate também gerou questionamentos sobre o uso de recursos públicos.

Decisão reaviva debate sobre corrupção e impunidade

A concessão do asilo reacendeu o debate sobre a corrupção e a impunidade na América Latina. Críticos apontam que o gesto do governo brasileiro endossa a narrativa da defesa de Heredia, que alega ser vítima de perseguição política.

O episódio também traz à tona o histórico de envolvimento da Odebrecht em esquemas de corrupção em diversos países, incluindo Brasil e Peru, e levanta dúvidas sobre a postura do governo Lula em relação ao combate à corrupção.

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