22 de abr 2025
Luis Alberto Herrera, ícone do ciclismo colombiano, é acusado de envolvimento em assassinatos de vizinhos
Luis Alberto Lucho Herrera, ícone do ciclismo colombiano, é acusado de contratar paramilitares para assassinar vizinhos e tomar suas terras.
Luis Herrera durante o Tour de França de mil novecentos e oitenta e quatro (Foto: EFE)
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Ciclista Luis Herrera é acusado de pagar por assassinatos para tomar terras
O ex-ciclista Luis Alberto Lucho Herrera, ídolo do esporte colombiano na década de 80, enfrenta acusações de ter financiado paramilitares para assassinar quatro vizinhos em Fusagasugá, em 2003. O objetivo seria a posse das terras das vítimas.
A investigação foi aberta após depoimentos de três ex-paramilitares, que alegam que Herrera pagou 40 milhões de pesos (equivalente a cerca de 14.300 dólares) pelos crimes. Um dos paramilitares, Luis Fernando Gómez Flórez, confessou a participação nos assassinatos.
Segundo o relato, Herrera teria entregue aos paramilitares fotos das supostas vítimas, identificadas como milicianos, e o valor acordado. Os crimes teriam ocorrido com o uso de identificações falsas do DAS, antiga agência de inteligência colombiana.
Outros dois ex-paramilitares, Óscar Andrés Huertas e Héctor Díaz Gaitán, corroboraram a versão, detalhando a brutalidade dos assassinatos e a participação de Herrera na organização dos crimes. Eles afirmam que as vítimas não eram guerrilheiros, mas sim pessoas que se recusaram a vender suas terras ao ciclista.
Herrera nega as acusações e afirma nunca ter tido envolvimento com organizações criminosas. Em comunicado, o ex-ciclista se colocou à disposição da justiça para colaborar com as investigações.
Familiares das vítimas, que buscam justiça há mais de duas décadas, manifestaram temor diante do novo desdobramento do caso. Eles relatam que, na época, os paramilitares alegaram que a ação era relacionada a roubo de gado.
O caso ganha destaque em meio ao histórico de Herrera como vítima do conflito armado colombiano. Em 2000, o ciclista foi sequestrado pelas FARC, mas libertado menos de 24 horas depois. As Autodefensas Campesinas del Casanare, grupo paramilitar envolvido no caso, atuava na região de Fusagasugá desde os anos 70.
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