Política

PCC e CV firmam pacto estratégico em negócios de combustíveis e internet no Brasil

Facções como PCC e CV firmam pacto estratégico, expandindo atuação para combustíveis e internet, desafiando a segurança pública.

Agente da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), durante operação para desarticular provedor clandestino de internet no Pechincha, em Jacarepaguá. A empresa funcionava de forma ilegal com equipamentos furtados de concessionárias autorizadas (Foto: Divulgação/Pcerj)

Agente da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), durante operação para desarticular provedor clandestino de internet no Pechincha, em Jacarepaguá. A empresa funcionava de forma ilegal com equipamentos furtados de concessionárias autorizadas (Foto: Divulgação/Pcerj)

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Recentes investigações revelam um pacto estratégico entre as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). Ambas têm expandido suas operações para setores como combustíveis e internet, utilizando brechas legais para aumentar seus lucros.

O PCC, com sede em São Paulo, tem explorado o mercado de combustíveis no Rio de Janeiro, envolvendo-se em atividades como furto de dutos de petróleo e venda de combustível adulterado. Por sua vez, o CV monopoliza o serviço de internet, criando empresas em nomes de "laranjas" para operar legalmente. O secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, afirmou que essas facções já podem ser classificadas como máfias, dada a complexidade de suas operações.

Sarrubbo destacou que o PCC busca estruturar suas atividades como um grande negócio, enquanto o CV utiliza a violência para manter seu domínio territorial. A exploração de internet pelo CV, segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, se tornou uma nova fonte de lucro, funcionando como uma "boca de fumo" em comunidades. Em 2024, a Polícia Civil registrou 210 ocorrências relacionadas a esse crime, com 90 apenas no primeiro trimestre deste ano.

Ações do Governo

O governo federal está ciente da gravidade da situação. Em março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, defendeu a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, que visa integrar as polícias em um esforço conjunto contra o crime organizado. A PEC foi entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos presidentes do Senado e da Câmara.

As investigações sobre a exploração de combustíveis e internet revelam que as facções se aproveitam de falhas na regulamentação. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que existem 890 empresas de banda larga dispensadas de outorga no estado do Rio, permitindo que grupos criminosos operem sem supervisão.

O delegado Pedro Brasil, da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, investiga as atividades do PCC e do CV. Ele suspeita que postos de combustíveis sem licença estejam ligados ao PCC, utilizados para lavagem de dinheiro. O setor de combustíveis é um dos mais afetados pelo crime organizado, com um faturamento de R$ 61,5 bilhões em 2024, representando 41,8% da receita dessas quadrilhas.

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