01 de mai 2025
Corpo de jornalista ucraniana revela sinais de tortura após retorno do cativeiro russo
Corpo da jornalista Victoria Roshchyna, desaparecida em 2023, é devolvido à Ucrânia com sinais de tortura e mutilações.
Colega da jornalista Victoria Roshchyna segura foto dela durante memorial em Kiev (Foto: Anatolii STEPANOV / AFP)
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O corpo da jornalista ucraniana Victoria Roshchyna, que desapareceu em agosto de 2023 enquanto reportava em uma área ocupada pela Rússia, foi devolvido à Ucrânia em fevereiro de 2025. A investigação revelou sinais de tortura e mutilações, incluindo a falta de órgãos.
Roshchyna, que tinha 26 anos na época do desaparecimento, foi detida sem acusações e mantida em condições brutais. O chefe do departamento de crimes de guerra do Ministério Público da Ucrânia, Yuriy Belousov, afirmou que a análise forense encontrou diversos sinais de tortura, como hematomas, uma costela fraturada e possíveis marcas de choque elétrico. As lesões foram determinadas como ocorridas enquanto ela ainda estava viva.
A jornalista foi identificada por meio de DNA, apesar de seu corpo ter chegado rotulado como "um homem não identificado". O estado dos restos mortais impossibilitou a determinação da causa da morte, mas a Ucrânia está colaborando com especialistas forenses internacionais para obter mais informações.
Detalhes do Cativeiro
Roshchyna foi capturada em uma região controlada pela Rússia, onde buscava reportar sobre a vida sob ocupação. Seu pai alertou sobre seu desaparecimento quando ela parou de responder mensagens. Apenas em maio de 2024, as autoridades russas confirmaram que ela estava detida.
Relatos indicam que Roshchyna foi transferida de uma prisão em Taganrog para Moscou, onde morreu em setembro de 2024. O local é conhecido por seu tratamento cruel aos detentos. A ex-colega de cela de Roshchyna descreveu o tratamento brutal que ela sofreu, destacando sua determinação em comunicar-se com as autoridades sobre sua detenção ilegal.
Contexto Atual
Estima-se que cerca de 16 mil cidadãos ucranianos estejam presos em instalações controladas pela Rússia, sem acesso a advogados e submetidos a abusos físicos e psicológicos. A situação de Roshchyna é um reflexo das condições enfrentadas por muitos prisioneiros de guerra na região. A investigação sobre sua morte continua, com esforços para esclarecer os horrores que ela enfrentou durante sua detenção.
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