Política

Igreja Católica enfrenta críticas sobre legado de Papa Francisco em casos de abuso sexual

Sobreviventes de abuso na Igreja Católica criticam a falta de reformas significativas após a morte do Papa Francisco, clamando por mais transparência.

Alexa MacPherson (esquerda) foi abusada sexualmente desde os três anos pelo padre Peter Kanchong (direita) (Foto: família MacPherson)

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O Papa Francisco, que faleceu recentemente, deixou um legado controverso em relação ao manejo de casos de abuso sexual na Igreja Católica. Durante seu papado, ele foi criticado por muitos sobreviventes, que afirmam que suas ações foram insuficientes. Alexa MacPherson, uma das vítimas, expressou seu descontentamento com a falta de reformas significativas, pedindo maior transparência e responsabilização dos clérigos envolvidos.

A Igreja Católica enfrenta um desafio contínuo com a exploração sexual de crianças, um problema que se agravou ao longo das décadas. MacPherson, que sofreu abusos desde os três anos, destacou que, apesar de algumas iniciativas do Papa, como a convocação de bispos para discutir a crise em 2019, as mudanças não foram suficientes. Ela afirmou: "É preciso revelar tudo o que a Igreja sabe e responsabilizar os predadores".

O caso de MacPherson remonta a 1984, quando seu pai denunciou um sacerdote acusado de abuso. Na época, a Igreja tentou proteger o clérigo, que acabou não enfrentando consequências legais. Documentos internos revelaram que a Igreja frequentemente transferia padres acusados em vez de responsabilizá-los. Em 2002, um tribunal ordenou a liberação de milhares de documentos, expondo a cultura de encobrimento.

Embora o Papa Francisco tenha promovido algumas mudanças, como a revisão das leis sobre o segredo pontifício, muitos acreditam que a Igreja ainda mantém uma cultura de sigilo. O advogado de MacPherson, Mitchell Garabedian, afirmou que a luta por justiça continua, pois muitos casos permanecem ocultos. "Nada realmente mudou", disse ele, enfatizando a necessidade de maior transparência.

Com a morte do Papa, MacPherson e outros sobreviventes temem que a nova liderança não traga as reformas necessárias. "A Igreja precisa reconhecer seus erros e responsabilizar os culpados", concluiu. A expectativa é que o próximo Papa enfrente essa questão de forma mais contundente.

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