Política

Zuzu Angel é reconhecida como vítima de atentado após décadas de mistério sobre sua morte

Novas evidências confirmam que Zuzu Angel foi assassinada em 1976, revelando a brutalidade da repressão militar no Brasil.

Foto:Reprodução

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Zuzu Angel, estilista brasileira, foi reconhecida como vítima de atentado pelo Estado brasileiro, após novas evidências surgirem sobre sua morte em 1976. A designer, que lutou contra a repressão militar após a morte de seu filho, Stuart Angel Jones, foi considerada inicialmente vítima de um acidente de carro.

Na madrugada de 14 de abril de 1976, Zuzu dirigia seu Volkswagen Karmann-Ghia após uma festa no Leblon, no Rio de Janeiro. Ao sair do Túnel Dois Irmãos, perdeu o controle do veículo, que colidiu e caiu de um viaduto. A versão oficial alegou que ela adormeceu ao volante, mas a ausência de álcool em seu sangue e relatos de testemunhas levantaram suspeitas sobre um possível atentado.

A verdade sobre sua morte começou a emergir em 1998, quando um advogado afirmou ter visto outro carro colidir com o de Zuzu. A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos solicitou uma nova perícia, que refutou a versão do acidente. Em março de 1998, o Estado reconheceu que Zuzu foi assassinada, e o Túnel Dois Irmãos foi rebatizado em sua homenagem.

Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em 2014, o ex-delegado Claudio Antônio Guerra confirmou o envolvimento de agentes da repressão na morte da estilista, identificando o coronel Freddie Perdigão Pereira como responsável pelo crime. Guerra revelou que Perdigão havia planejado simular o acidente.

Recentemente, a jornalista Hildegard Angel, filha de Zuzu, conseguiu certidões de óbito que agora registram a causa da morte como “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro”. A luta de Zuzu Angel por justiça e pela memória de seu filho continua a ser um símbolo da resistência contra a repressão.

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