Netflix enfrenta processo de Issabela Camil por violação de intimidade sexual na série Luis Miguel

Issabela Camil processa a Netflix México por violação de intimidade sexual. A atriz alega que a série "Luis Miguel, la serie" retrata sua vida pessoal sem consentimento, incluindo cenas de conteúdo sexual. O caso, iniciado em 2023, gerou controvérsia sobre a aplicação da Lei Olimpia.

O juiz federal Roberto Posán Tornero confirmou, em fevereiro, medidas de proteção a Camil, mas posteriormente isentou a Netflix México de responsabilidade. A empresa argumenta que não revisa o conteúdo disponível em sua plataforma, atribuindo essa função à matriz nos Estados Unidos. Os advogados de Camil criticam essa posição, afirmando que dificulta a proteção dos direitos das vítimas.

A Lei Olimpia, que visa combater a violência digital, considera crime a divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento. Camil, que manteve sua vida pessoal em sigilo, se sente exposta pela série, que a identifica claramente. Seus advogados, Adrián García Barragán e Carlos Olvera, afirmam que a resposta da Netflix é "absurda" e que a situação revitimiza a atriz.

Camil, conhecida por suas atuações em telenovelas e teatro, enfrenta dificuldades emocionais devido à exposição de sua vida íntima, especialmente sua relação de sete anos com o cantor Luis Miguel. A ativista Olimpia Coral Melo também se manifestou, pedindo que a Netflix retire os conteúdos não autorizados.

Os representantes legais da Netflix México não comentaram sobre o caso. A situação levanta questões sobre a eficácia da Lei Olimpia e a responsabilidade das plataformas de streaming em casos de violação de intimidade.