Paulo Figueiredo Filho critica atos golpistas de 8 de janeiro e pede manifestação de Bolsonaro

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do último presidente da ditadura militar no Brasil, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe. A denúncia, feita em 18 de fevereiro, revela diálogos que indicam sua participação em uma operação de desinformação e incitação a militares para apoiar ações golpistas.

Em conversas com Mauro Cid, ex-braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro, Figueiredo Filho chamou os eventos de 8 de janeiro de "estupidez sem tamanho" e pediu que Bolsonaro se manifestasse. O diálogo sugere que ele se recusou a desmobilizar os atos golpistas. Figueiredo, que já foi comentarista da Jovem Pan e é influenciador digital, possui um canal no YouTube com 455 mil inscritos.

A PGR afirma que Figueiredo atuou em uma operação de "propagação de desinformação golpista e antidemocrática". Ele é acusado de incitar militares a aderirem ao golpe e de expor aqueles que não se alinharam aos planos. O relatório do Supremo Tribunal Federal (STF) indica que ele fazia parte de um grupo que buscava cooptar o Alto Comando do Exército.

Figueiredo já havia se manifestado contra a tentativa de golpe, alegando que o 8 de janeiro foi uma armadilha. Ele também criticou a Polícia Federal, comparando-a à polícia secreta nazista. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que Figueiredo recebeu uma carta que os golpistas usaram para pressionar o comando do Exército.

O influenciador continua a afirmar que a denúncia é uma perseguição política e questiona a base das acusações. Ele argumenta que suas mensagens com Cid demonstram que ele não apoiava os atos de vandalismo e que sua intenção era alertar sobre as consequências negativas do evento.