Política

Rosario Murillo critica Unesco e retira Nicaragua da organização após prêmio a La Prensa

Governo de Ortega retira Nicarágua da Unesco após prêmio à La Prensa; diretor exalta resiliência da equipe em exílio.

Juan Lorenzo Holmann Chamorro após ser liberado de uma prisão na Nicarágua e trasladado para os Estados Unidos junto com outros presos políticos, na quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023, em Herndon, Virgínia. (Foto: Getty)

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A repressão à imprensa independente em Nicarágua, sob o governo de Daniel Ortega, intensificou-se após a confiscacão do diário La Prensa em agosto de 2021. A ação foi justificada com acusações de “defraudação aduaneira” que nunca foram comprovadas judicialmente. Recentemente, a copresidenta do país, Rosario Murillo, manifestou sua indignação pelo Prêmio Mundial à Liberdade de Imprensa concedido ao La Prensa pela Unesco, levando o governo a retirar Nicarágua da organização.

Murillo, em um comunicado, atacou o jornal e a Unesco, alegando que o prêmio ofende a identidade nacional. “O Diário La Prensa representa a traição à pátria”, afirmou. O diretor do jornal, Juan Lorenzo Holmann, atualmente exilado nos Estados Unidos, destacou a resiliência da equipe, que continua a operar digitalmente a partir de diferentes países, apesar das dificuldades financeiras.

Holmann ressaltou que a decisão de retirar Nicarágua da Unesco surpreendeu, pois a organização havia notificado previamente sobre o prêmio. Ele acredita que Murillo tentou influenciar a Unesco para reverter a decisão. “La Prensa, apesar da repressão, continua sendo visto como o diário dos nicaraguenses”, afirmou Holmann. O jornal, que antes contava com mais de 400 funcionários, agora opera com menos de 50, enfrentando desafios significativos para se manter ativo.

A situação da imprensa em Nicarágua reflete a crescente repressão do regime de Ortega e Murillo, que tem como alvo não apenas o La Prensa, mas toda a mídia independente. A luta pela liberdade de expressão continua, mesmo em meio a um cenário de censura e perseguição.

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