Valência estuda processar Netflix por documentário sobre racismo contra Vinícius Júnior

Cinco torcedores do Real Valladolid foram condenados a um ano de prisão por ofensas racistas contra o jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid. As agressões ocorreram em 30 de dezembro de 2022, durante uma partida no estádio José Zorrilla, pelo Campeonato Espanhol. Além da pena de prisão, os torcedores terão que pagar uma multa de 1.620 euros e estão inabilitados para funções educativas e esportivas por quatro anos.

As ofensas foram registradas por diversas gravações feitas por torcedores presentes no jogo. O Ministério Público local afirmou que os insultos tinham a intenção de humilhar Vinícius Júnior, caracterizando um ato de racismo. O jogador se manifestou nas redes sociais, criticando a falta de punição efetiva para os agressores e afirmando: “Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto, e La Liga segue sem fazer nada.”

Repercussões do Caso

O caso ganhou destaque na mídia internacional, gerando indignação sobre a recorrência de atos racistas na La Liga. Recentemente, o documentário Baila, Vini, lançado na Netflix, abordou a luta de Vinícius Júnior contra o racismo. O Valencia, clube que também foi alvo de críticas por ofensas racistas, estuda processar a plataforma de streaming por retratar torcedores entoando ofensas durante uma partida.

A Justiça espanhola já havia tomado medidas contra torcedores do Valencia por incidentes semelhantes, demonstrando um esforço crescente para combater o racismo no futebol. As sanções impostas aos torcedores do Valladolid devem ser ratificadas em 21 de maio pelo Tribunal de Valladolid, conforme as conclusões do processo administrativo disciplinar instaurado.