Família colombiana enfrenta crise emocional devido a ordem de deportação nos EUA

Sindy Estrada e sua família enfrentam uma ordem de deportação que gera estresse e ansiedade. A colombiana, que vive em Nova Jersey, relata que a situação afetou profundamente sua saúde mental e a de seu filho, que parou de ver amigos fora da escola. A administração de Donald Trump intensificou a política anti-imigração, prometendo deportar cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentação, o que tem causado uma crise emocional na comunidade migrante.

A ordem de deportação, que exige que a família saia dos Estados Unidos até 30 de abril, provocou uma ruptura emocional. Sindy, que deixou a Colômbia há três anos devido a extorsões e insegurança, expressou seu medo de retornar ao país. “Tenho medo de voltar à Colômbia e enfrentar o que me fez sair de lá”, afirmou. Seu filho, de 16 anos, começou a apresentar sintomas de ansiedade, como roer as unhas e dificuldades para dormir.

A política de imigração de Trump inclui revogações de permissões temporárias e deportações sem o devido processo legal. Especialistas em saúde mental, como Juan Carlos Dumas, afirmam que a incerteza e o temor vividos pelos imigrantes são comparáveis ao que se sentiu após os atentados de 11 de setembro. O aumento do consumo de substâncias e conflitos familiares também são consequências observadas.

Dumas destaca que a perspectiva de deportação é traumática para muitos imigrantes que construíram suas vidas nos Estados Unidos. Ele recomenda que as pessoas não desistam e busquem apoio em serviços de saúde mental disponíveis, especialmente em cidades como Nova York, que oferecem recursos para ajudar a comunidade migrante a lidar com a situação.