Política

Prisão de advogada provoca polêmica após operação da PM que deixou 7 mortos no Amapá

Advogada é presa durante investigação de abordagem policial em Macapá e denuncia abusos. OAB e Defensoria Pública pedem apuração rigorosa.

Foto:Reprodução

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A advogada criminalista Sandy Araújo, de 26 anos, foi presa em Macapá enquanto atuava em defesa da família de duas das sete vítimas de uma abordagem policial que resultou em mortes. O incidente ocorreu na madrugada do dia 4 de maio, quando Araújo se dirigiu ao local para realizar uma investigação criminal defensiva, uma prerrogativa da advocacia.

Durante a detenção, Araújo relatou ter sofrido agressões físicas e ofensas verbais por parte dos policiais. Ela foi algemada e levada em um camburão, resultando em hematomas visíveis em seus braços. A OAB do Amapá e a Defensoria Pública exigem investigações rigorosas sobre a ação policial, considerando que a advogada estava no exercício de suas funções.

A Polícia Militar (PM) justificou a prisão afirmando que Araújo desobedeceu a uma ordem de retirada de uma área de isolamento e teria ameaçado os policiais. No entanto, a advogada e seus apoiadores contestam essa versão, alegando que ela estava apenas buscando esclarecer os fatos relacionados à abordagem que resultou na morte de sete pessoas, incluindo um jogador de futebol.

Repercussões e Apoio

A presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Amapá, Diandra Moreira, denunciou o que considera um abuso de autoridade por parte da PM. Ela destacou que Araújo foi ao local para coletar provas e verificar possíveis omissões de socorro. A OAB está oferecendo apoio psicológico à advogada, que enfrenta ameaças de morte nas redes sociais após o episódio.

O governo do Amapá afastou nove policiais envolvidos na operação, incluindo o comandante da Patamo, e os três militares que detiveram Araújo. A Defensoria Pública já havia recomendado a implementação de câmeras corporais para prevenir abusos e garantir a transparência nas ações policiais.

Contexto de Violência

O Amapá registrou em 2023 um aumento alarmante nos homicídios, com uma taxa de 57,4 mortes por 100 mil habitantes, a maior em dez anos. A letalidade policial no estado é uma preocupação crescente, com dados indicando que 40,8% das mortes violentas são atribuídas à ação da polícia. A situação é agravada pela disputa entre facções criminosas e a violência policial, levando a um clamor por reformas e maior controle sobre as ações das forças de segurança.

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