Política

Vinicius relata temor por sua vida após boneco enforcado com sua camisa em Madrid

Vinicius Jr. relatou em audiência o medo que sentiu após o boneco enforcado com sua camisa ser pendurado em Madrid. Quatro torcedores estão sendo julgados.

Vinicius declara como testemunha no julgamento contra quatro torcedores do Frente Atlético (Foto: Alberto Ortega/Europa Press)

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Vinicius Jr. depõe sobre ato racista em Madrid

O jogador Vinicius Jr. prestou depoimento nesta segunda-feira, 15 de maio de 2023, na Audiencia Provincial de Madrid, sobre o ato racista que sofreu em janeiro. Um boneco com sua camisa foi pendurado em uma ponte, simulando um enforcamento, gerando grande repercussão.

Durante a audiência, Vinicius relatou seu medo pela vida e pela segurança de sua família após o incidente, que ocorreu horas antes de um jogo entre Real Madrid e Atlético de Madrid. O atacante afirmou: “Foi um dia muito triste para mim. Eu não sabia o que ele (o boneco) queria dizer, se eu e minha família estávamos em perigo”.

Quatro torcedores do Atlético de Madrid, integrantes do grupo Frente Atlético, estão sendo julgados. A acusação pede quatro anos de prisão para cada um, além de uma indenização de R$ 6 mil por danos morais. O julgamento está previsto para começar em junho, mas Vinicius não poderá comparecer devido à sua participação no Mundial de Clubes.

Motivação do ato

Vinicius destacou que o ato foi motivado por racismo e ódio. Ele afirmou que não era a primeira vez que enfrentava ataques racistas, especialmente em jogos no Estádio Metropolitano. O advogado da LaLiga, Francisco Martínez, enfatizou a cor do boneco, que era negro, corroborando a afirmação do jogador.

As defesas dos acusados tentaram sugerir que o ataque não foi por racismo, mas por ele ser jogador do Real Madrid. A juíza interrompeu essa linha de questionamento, afirmando que a intenção do ato não deveria ser discutida com o testemunho. Vinicius reafirmou sua crença de que o boneco foi pendurado por ódio racial.

O caso gerou forte condenação por parte do Real Madrid e da sociedade, que consideraram o ato como um exemplo de racismo e xenofobia inaceitáveis.

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