Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, é preso em operação contra o PCC na Bolívia

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi preso em uma operação conjunta da Bolívia e da Polícia Federal do Brasil. Ele é considerado um elo crucial entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o tráfico de drogas na Bolívia. A prisão ocorreu em 19 de maio de 2025 e é vista como um golpe significativo no crime organizado.

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que Tuta era um “elo importantíssimo” do PCC, especialmente na conexão com o tráfico de cocaína. Derrite destacou que a maior parte da cocaína que entra no Brasil vem da Bolívia, e a prisão de Tuta pode desarticular essa rede. O PCC, segundo estimativas do Ministério Público do Estado de São Paulo, lucra cerca de US$ 1 bilhão ao ano com o tráfico.

Tuta já foi considerado o “número 1” da facção entre os líderes não presos e, apesar de ter perdido esse status, ainda mantém influência na alta cúpula do PCC. Ele foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa, resultado da Operação Sharks, que investiga como o PCC lava dinheiro do tráfico.

A prisão de Tuta é relevante não apenas para São Paulo, mas para outros estados e até países. O promotor Lincoln Gakiya, especialista no enfrentamento ao PCC, revelou que a facção espalhou rumores sobre a morte de Tuta como parte de um plano para evitar sua captura. Tuta também foi alvo de mandados de prisão em anos anteriores, mas nunca foi encontrado até agora.