Especialista testemunha em casos de Diddy, R. Kelly e Johnny Depp em tribunal

Sean “Diddy” Combs está enfrentando um julgamento federal por acusações de racketeering e tráfico sexual, com testemunhos de sua ex-namorada Cassie Ventura sobre abuso e coerção. A psicóloga Dawn Hughes, especialista em violência doméstica, foi chamada a depor e destacou como a dinâmica de poder pode manter vítimas em relacionamentos abusivos.

Durante o interrogatório, a defesa questionou a credibilidade de Hughes, que admitiu nunca ter testemunhado em defesa de um acusado de crimes sexuais. A psicóloga, que recebe 600 dólares por hora, afirmou que 60% de sua renda provém de testemunhos em tribunal. Hughes já atuou em casos de alto perfil, como os de Keith Raniere e R. Kelly.

A acusação argumenta que Combs e seu círculo usaram ameaças, violência e manipulação para coagir Ventura e outras mulheres a participar de festas sexuais. Ventura relatou que participou dos eventos por medo de abuso físico e por amor a Combs. A defesa reconheceu a violência do rapper, mas afirmou que ele não cometeu os crimes alegados.

Testemunho de Dawn Hughes

Hughes se apresentou como uma "especialista cega", sem conhecimento prévio sobre o caso. Ela explicou que é comum vítimas permanecerem em relacionamentos abusivos devido à dependência financeira e à manipulação emocional. A psicóloga enfatizou que a vergonha e a degradação dificultam a busca por ajuda.

Fontes especializadas afirmam que o testemunho de Hughes é crucial para ajudar os jurados a entenderem a complexidade das dinâmicas de abuso. Ela esclareceu que a "ligação traumática" entre abusadores e vítimas torna difícil a saída de relacionamentos abusivos. Hughes também destacou que a percepção de vítimas pode ser distorcida, levando jurados a subestimar a gravidade da situação.

O julgamento continua, e a expectativa é que o testemunho de especialistas como Hughes ajude a esclarecer as complexas questões de controle e manipulação presentes em casos de violência doméstica e sexual. Combs se declarou inocente e, se condenado, pode enfrentar até prisão perpétua.