23 de mai 2025

Militares apresentam versões divergentes e dificultam comemorações de Bolsonaro
Bolsonaro é investigado por suposta tentativa de anular as eleições de 2022. Ex comandantes confirmaram discussões sobre medidas extremas, mas minimizaram a gravidade das articulações. A Procuradoria Geral da República coleta evidências que podem resultar em sérias condenações.
Foto:Reprodução
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Jair Bolsonaro é investigado por suposta liderança em uma trama golpista para anular as eleições de 2022. As investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) e depoimentos de ex-comandantes militares revelam discussões sobre medidas extremas após sua derrota eleitoral.
Os ex-comandantes Freire Gomes e Carlos Baptista Jr. foram ouvidos pela PGR. Ambos confirmaram que Bolsonaro discutiu a possibilidade de decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e outras ações drásticas. No entanto, Freire Gomes minimizou a gravidade das articulações, afirmando que eram apenas "hipóteses" e "estudos" constitucionais. Ele também negou ter dado voz de prisão a Bolsonaro, ressaltando que o ex-presidente concordou em manter as discussões dentro dos limites legais.
Depoimentos Cruciais
O brigadeiro Carlos Baptista Jr. detalhou reuniões com Bolsonaro logo após as eleições. Ele afirmou que, em encontros no Palácio da Alvorada, os militares informaram ao ex-presidente que não havia indícios de fraude eleitoral. Mesmo assim, Bolsonaro questionou se havia alternativas a serem tomadas. Baptista rejeitou as propostas apresentadas, alertando que, independentemente da situação, ele não seria presidente a partir de 1º de janeiro de 2023.
Os depoimentos foram considerados fundamentais para a acusação, embora a defesa de Bolsonaro tenha comemorado a narrativa apresentada. O advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que a acusação saiu enfraquecida, destacando que as consultas feitas por Bolsonaro não configuravam concordância com ações ilegais.
Conflito de Versões
As investigações revelaram planos para prender o ministro Alexandre de Moraes e eliminar Lula e o vice Geraldo Alckmin. Acusado de cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, Bolsonaro enfrenta um cenário complicado. Apesar de manter otimismo, a situação é crítica, e a PGR continua a coletar evidências que podem levar a condenações severas.
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