Política

Depoimentos revelam bate-boca e ameaças em audiência no STF sobre Moraes

STF investiga tentativas de golpe de Estado com depoimentos reveladores, incluindo uma "minuta golpista" e tensões entre testemunhas.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) continua a ouvir testemunhas na ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, até o dia 2 de junho. Os depoimentos envolvem ex-comandantes das Forças Armadas e ex-ministros, e têm revelado detalhes sobre a tentativa de golpe de Estado.

Na última semana, o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, confirmou a existência de uma "minuta golpista", que foi discutida em reuniões com Bolsonaro e outros líderes militares. O general afirmou que os documentos foram apresentados como hipóteses, mas que o Exército não participaria de ações que violassem a Constituição. Durante seu depoimento, ele foi confrontado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre inconsistências em suas declarações.

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, corroborou que houve discussões sobre ações para deslegitimar as eleições, incluindo a possibilidade de prender o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Ele também mencionou que alertou Bolsonaro sobre a falta de evidências de fraudes nas urnas eletrônicas.

Tensão nas Audiências

Os depoimentos têm sido marcados por momentos de tensão. O ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, foi ameaçado de prisão por Moraes após afirmar que não aceitava "censura". Rebelo, que também testemunhou sobre o almirante Almir Garnier, minimizou a declaração do militar sobre colocar suas tropas à disposição de Bolsonaro, alegando que isso não deveria ser interpretado literalmente.

Outros depoimentos revelaram que o ex-analista de inteligência do Ministério da Justiça, Clebson Ferreira de Paula Vieira, recebeu ordens para estudar a distribuição de agentes da Polícia Rodoviária Federal nas vésperas do segundo turno das eleições de 2022. Ele relatou que as operações visavam redutos eleitorais de Lula.

O ex-vice-presidente Hamilton Mourão declarou desconhecer qualquer reunião que planejasse um golpe e atribuiu a desordem em Brasília, em 8 de janeiro, ao governo Lula. Mourão também negou ter acesso a mensagens que o implicariam em conluios com generais.

Revelações e Implicações

O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou ter sido contatado sobre tentativas de golpe e afirmou que apenas "consolou" Bolsonaro após a derrota. As audiências continuam a expor um cenário complexo e tenso, com implicações significativas para a política brasileira e a legitimidade das instituições democráticas.

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