Jueza Julieta Makintach enfrenta recusa após suposto documentário sobre Maradona

A juíza Julieta Makintach está sob investigação por suposta participação em um documentário não autorizado sobre o julgamento da morte de Diego Maradona. O ex-jogador faleceu em 25 de novembro de 2020, e médicos e enfermeiros são acusados de homicídio simples por negligência em seu atendimento.

Imagens mostram Makintach simulando a leitura de documentos e interagindo com a câmera, o que levantou suspeitas sobre a realização do documentário. O tribunal decidirá se o julgamento continuará ou se a juíza será recusada, o que poderia reiniciar o processo. A gravação foi feita sem autorização, e a produção está ligada a uma amiga de Makintach.

Os advogados das filhas de Maradona, Dalma e Gianinna, solicitaram a suspensão das audiências após a descoberta do material. O camarógrafo que gravou as imagens afirmou ter recebido 500 dólares pelo trabalho, enquanto a guionista, amiga de infância da juíza, negou que o projeto fosse um documentário, mas admitiu que o interesse aumentou devido à relevância do caso.

O julgamento envolve quatro médicos, dois enfermeiros e um psicólogo, acusados de negligência que resultou na morte de Maradona, que estava em recuperação após uma cirurgia. O promotor Patricio Ferrari afirmou que a atenção recebida foi "calamitosa" e que os réus "decidiram que ele morresse". A decisão do tribunal sobre a juíza Makintach pode ter um impacto significativo no andamento do processo.