Política

Polícia Militar registra 29ª morte durante a Operação Verão em Santos

Câmeras corporais revelam que Emerson Telascrea não estava armado quando foi morto pela PM em Santos; investigação foi arquivada.

Câmera corporal mostra momento em que um soldado da Polícia Militar coloca luva, logo antes de mexer no corpo e supostamente encontrar a arma de um homem morto pela Polícia Militar na Operação Verão, em Santos, no litoral paulista. (Foto: Reprodução)

Câmera corporal mostra momento em que um soldado da Polícia Militar coloca luva, logo antes de mexer no corpo e supostamente encontrar a arma de um homem morto pela Polícia Militar na Operação Verão, em Santos, no litoral paulista. (Foto: Reprodução)

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Emerson Rogério Telascrea, de 33 anos, foi morto pela Polícia Militar (PM) em Santos durante a Operação Verão, que resultou em 56 mortes e é considerada a mais violenta desde o Massacre do Carandiru, em 1992. A tragédia ocorreu na manhã de 14 de fevereiro de 2024. Câmeras corporais da PM captaram o momento em que um policial pediu desculpas antes de disparar dois tiros de fuzil contra Emerson.

A análise das gravações revelou que não há evidências de que Emerson estava armado no momento do ataque. O caso foi arquivado pelo Ministério Público, que não encontrou provas que contradissessem a versão policial. A defesa da família de Emerson solicitou o desarquivamento da investigação.

Os vídeos mostram a PM em uma casa em construção, onde os policiais afirmaram ter sido recebidos a tiros ao se aproximarem de uma favela. As gravações começam às 8h, mas não registram o momento em que os policiais alegam ter sido atacados. O sargento que disparou os tiros afirmou que Emerson apontou uma arma em direção a outra equipe da PM, mas as imagens não confirmam essa alegação.

Após os disparos, os policiais não ordenaram que Emerson largasse a suposta arma, conforme as diretrizes da corporação. O áudio das câmeras corporais apresenta um lapso durante o momento em que um soldado se aproxima do corpo de Emerson. Quando o áudio é retomado, ele afirma que já havia desarmado o suspeito.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que o tiro que dilacerou o braço de Emerson foi disparado enquanto sua mão estava próxima à cintura. A irmã de Emerson declarou que ele era destro, o que levanta dúvidas sobre a possibilidade de ele ter segurado uma arma após ser baleado. O Ministério Público afirmou que a decisão de arquivar o caso foi ratificada pelo Poder Judiciário.

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