Política

Psiquiatra é acusada de aplicar golpes financeiros em pacientes no Rio de Janeiro

Ex diretora do Instituto Municipal Philippe Pinel, Mara Faget é indiciada por estelionato após manipular pacientes para empréstimos.

Mara Faget foi diretora do Hospital Philippe Pinel. (Foto: Fabiano Rocha 25/10/2016)

Mara Faget foi diretora do Hospital Philippe Pinel. (Foto: Fabiano Rocha 25/10/2016)

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Mara Faget, ex-diretora do Instituto Municipal Philippe Pinel, no Rio de Janeiro, foi indiciada por estelionato após uma vítima relatar que emprestou R$ 92 mil à psiquiatra durante sessões de psicanálise. O caso, que remonta a 2014, resultou em um acordo judicial em que Faget se comprometeu a pagar a dívida de forma parcelada.

A enfermeira, que preferiu não se identificar, procurou Faget para tratar uma compulsão por compras. Durante as consultas, a médica desviava o foco para suas dificuldades pessoais, solicitando empréstimos que nunca foram devolvidos. Mensagens obtidas pela reportagem mostram a paciente implorando pela quitação da dívida.

Continuou atuando irregularmente

Apesar de ter seu registro profissional cassado em 2021, Mara Faget continuou atendendo como psicanalista em um consultório no Leblon. A prática não é regulamentada, permitindo que ela mantivesse a atividade. Outras denúncias indicam que ela manipulou emocionalmente pelo menos oito pacientes para obter dinheiro.

Uma das vítimas relatou que Faget se envolveu romanticamente com a filha de uma paciente idosa, obtendo altos valores sob a justificativa de resolver questões de herança. A família estima que os prejuízos somaram R$ 800 mil. Além disso, Faget é acusada de medicar indevidamente uma paciente com um diagnóstico falso de Alzheimer.

Investigação e denúncias

A Secretaria Municipal de Saúde informou que Faget não tem vínculo com a instituição desde 2018. A jornalista Laren Aniceto, ex-paciente, investigou o histórico da médica e descobriu que ela emitiu recibos com o número do CRM (Conselho Regional de Medicina) cassado. A defesa de Faget nega as acusações e afirma que ela nunca atuou sem registro, prometendo recorrer judicialmente para restabelecer seu CRM.

O Cremerj destacou que quem tem o registro cassado não pode exercer a medicina, e o exercício ilegal da profissão é considerado crime. Uma das vítimas enfatizou a importância de denunciar para que pessoas como Faget não fiquem impunes.

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