Política

Operação investiga fraudes de R$ 900 milhões no Bilhete Único Intermunicipal

Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga esquema de fraude no transporte público que movimenta R$ 900 milhões anuais. Operação Caronte cumpre mandados de busca e apreensão em empresas de vans.

Foto:Reprodução

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Caronte, que investiga uma fraude no transporte público envolvendo o Bilhete Único Intermunicipal. A operação visa cumprir nove mandados de busca e apreensão em residências e empresas de permissionários de vans, acusados de desviar recursos públicos.

Os investigadores estimam que a organização criminosa movimenta cerca de R$ 900 milhões anualmente, com prejuízos que podem chegar a dezenas de milhões de reais por ano. O esquema fraudulento abrange linhas intermunicipais entre cidades da Baixada Fluminense e o Centro do Rio. Os criminosos utilizavam cartões do Riocard para validar viagens de passageiros que nunca existiram, burlando os repasses do estado.

A polícia identificou casos em que foram registradas mais de 34 validações em apenas uma hora em uma van com capacidade para 15 pessoas, sem que ninguém entrasse no veículo. Os permissionários realizavam múltiplas validações sequenciais, muitas vezes com o veículo parado. Cada validação gerava um crédito a ser reembolsado pelo estado, como se uma viagem legítima tivesse ocorrido.

Investigação e Apreensões

A investigação, que contou com depoimentos de testemunhas e cruzamento de dados do sistema de bilhetagem, revelou movimentações financeiras incompatíveis com as rendas declaradas. Os valores obtidos eram lavados por meio de movimentações fracionadas e aquisição de bens em nome de terceiros. Entre os investigados estão dirigentes de cooperativas e operadores de linhas suspeitas de funcionarem como "fábricas de bilhetes falsos".

Um dos líderes do grupo movimentou mais de R$ 1,2 milhão em seis meses, sendo R$ 259 mil em dinheiro vivo. A operação busca apreender documentos, celulares, veículos de alto valor e joias de origem suspeita, além de acessar dados em nuvem que possam comprovar o esquema. Os alvos responderão por crimes de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa, com penas que podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

A Operação Caronte, nome inspirado no barqueiro da mitologia grega, conta com a participação da Delegacia dos Serviços Delegados e apoio de outras delegacias especializadas. Equipes do Detro e peritos do ICCE também realizam fiscalização para verificar a possível utilização de veículos roubados no transporte de passageiros.

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