28 de mai 2025

Um delegado contra a piauí
Fonte
Política

Delegado é afastado após investigação sobre uso de hacker em operação policial

Delegado Carlos Henrique Cotait é afastado após depoimento de hacker que revela espionagem a vereadora por ordem da prefeita de Bauru.

Foto: Reprodução

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O delegado Carlos Henrique Cotait foi afastado da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) em agosto de 2024. A decisão do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ocorreu em meio a uma investigação sobre a relação de Cotait com um hacker, Patrick César da Silva Brito, que prestou depoimento afirmando ter sido contratado pela prefeita de Bauru, Suéllen Rosim, para espionar uma vereadora de oposição.

A investigação sobre Cotait começou em 2020, quando surgiram denúncias de que ele utilizava serviços ilegais do hacker em ações policiais, como na Operação Raio X. A operação visava desvios na área da saúde em quatro estados. A relação entre Cotait e o hacker foi revelada em uma reportagem da revista piauí, que detalhou como Brito invadiu dispositivos eletrônicos a mando do delegado e de sua equipe.

Recentemente, o hacker afirmou que o escrivão Felipe Pimenta, ligado a Cotait, o indicou para a prefeita de Bauru. A Polícia Federal confirmou que a rede social da vereadora Estela Almagro foi hackeada em janeiro de 2022. A Câmara de Vereadores de Bauru iniciou uma investigação sobre o uso de serviços de hacker pela prefeita, o que levou ao afastamento de Cotait.

A sindicância sobre a conduta do delegado foi transferida para São Paulo para evitar interferências. Cotait, insatisfeito com a situação, intensificou sua atuação contra o hacker e a piauí, resultando em mandados de busca e apreensão na casa do jornalista Roberto Alexandre dos Santos, que colaborou com a reportagem. A investigação contra Santos, que envolveu um diálogo com um membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi criticada como uma tentativa de intimidação ao trabalho jornalístico.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública afirmou que todas as diligências foram conduzidas legalmente e reafirmou o compromisso com a liberdade de imprensa. A presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) destacou indícios de violação da atividade profissional, ressaltando que a polícia não pode usar seu poder para intimidar jornalistas.

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