28 de mai 2025

Deputada propõe CPI para investigar grupos nazifascistas e paramilitares
Deputada Talíria Petrone propõe CPI para investigar grupos nazifascistas após revelações da PF sobre o 'Comando C4' e assassinato de advogado.
Foto:Reprodução
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A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) anunciou nesta quarta-feira a intenção de solicitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação de grupos nazifascistas no Brasil. A proposta surge após a Polícia Federal (PF) revelar investigações sobre a organização criminosa 'Comando C4', que monitorava autoridades e estava ligada a um esquema de corrupção no Judiciário.
A PF identificou que o grupo, formado por militares e civis, oferecia serviços de espionagem a deputados, senadores e ministros de Cortes superiores. Petrone expressou preocupação com as suspeitas de financiamento e apoio político a esses grupos, considerando isso uma grave ameaça à democracia e aos direitos humanos. A deputada destacou a necessidade de uma resposta institucional rápida e uma investigação aprofundada.
Detalhes da Investigação
As investigações da PF revelaram uma tabela de preços para o monitoramento de autoridades. Por exemplo, o serviço para senadores custaria R$ 150 mil, enquanto para ministros do Judiciário o valor chegaria a R$ 250 mil. O nome do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi encontrado nas anotações, que também indicam o uso de armamento pesado e estratégias de disfarce.
A PF deflagrou a sétima fase da operação, que investiga o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro de 2023. O crime, supostamente encomendado pelo Comando C4, está ligado a uma disputa agrária. A operação resultou em cinco mandados de prisão e diversas medidas cautelares.
Implicações e Reações
Entre os alvos da operação está o fazendeiro Aníbal Moreno Laurindo, suposto mandante do crime, e o coronel da reserva Etevaldo Luiz Caçadini, que teria atuado como intermediário. Zampieri foi uma figura central na investigação de vendas de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no STJ.
A defesa do coronel Caçadini afirmou que não foram encontrados elementos ilícitos relacionados ao suspeito. Já a defesa do executor do crime, Antônio Gomes da Silva, aguarda acesso aos autos do inquérito. A PF, por sua vez, considera o esquema mais complexo do que inicialmente imaginado, levando à prorrogação das investigações por mais 60 dias.
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