Política

Polícia Federal investiga movimentações financeiras de advogados e empresário em fraudes do INSS

Ministério Público pede indisponibilidade de bens de agentes do INSS em esquema que pode ter causado prejuízo de R$ 10 bilhões.

Sede da Polícia Federal, em Brasília - Pedro Ladeira - 24.mar.22/Folhapress (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

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A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de fraudes em descontos de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo advogados e empresários. O Ministério Público (MP) solicitou a indisponibilidade de bens de agentes públicos, apontando que o esquema pode ter causado prejuízos de até R$ 10 bilhões.

Os advogados Nelson Wilians e Willer Tomaz, além do empresário Paulo Octávio, estão entre os investigados. A PF analisou movimentações financeiras atípicas, totalizando R$ 4,6 bilhões do escritório de Wilians entre julho de 2019 e julho de 2024. Embora as movimentações tenham sido citadas, a PF não estabeleceu conexões diretas com a fraude.

Wilians afirmou que os valores pagos a Maurício Camisotti, outro mencionado na investigação, referem-se a uma transação imobiliária. Camisotti é considerado um dos beneficiários do esquema. Em nota, Wilians destacou que sua atuação é legítima e que não é alvo de investigação.

Indícios de Corrupção

O MP revelou que o ex-procurador do INSS, Virgílio de Oliveira Filho, e Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, estão envolvidos em um esquema de propinas. Desde 2022, quase R$ 12 milhões foram pagos a pessoas próximas a Oliveira Filho, que chefiava a Procuradoria-Geral do INSS.

Os pagamentos foram feitos por empresas ligadas ao lobista Antonio Carlos Antunes, conhecido como "Careca do INSS". O MP argumenta que as novas informações indicam um prejuízo maior do que o inicialmente estimado, que era de R$ 6 bilhões.

Movimentações Financeiras

A PF também identificou transações de R$ 1 bilhão de empresas de Paulo Octávio, que não se manifestou sobre a exposição de dados. As movimentações foram registradas entre fevereiro de 2019 e dezembro de 2021. A assessoria de Octávio afirmou que ele não pretende questionar a investigação.

Willer Tomaz, que também é mencionado, declarou que suas movimentações são lícitas e que não é alvo de investigação. Ele ressaltou que os pagamentos realizados foram por serviços de auditoria financeira, anteriores à apuração do caso.

As investigações continuam, com a PF e o MP buscando esclarecer as conexões entre as movimentações financeiras e as fraudes no INSS, que afetam milhões de aposentados e pensionistas.

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