03 de jun 2025
Guatemala solicita captura de Iván Velásquez e Luz Adriana Camargo por corrupção
Ordem de captura contra Iván Velásquez e Luz Adriana Camargo gera polêmica e críticas internacionais por suposta arbitrariedade judicial.
Foto: Reprodução
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Rafael Curruchiche, fiscal guatemalteco, anunciou a ordem de captura de Iván Velásquez, excomissionado da Comissão Internacional Contra a Impunidade em Guatemala (CICIG), e Luz Adriana Camargo, Fiscal Geral da Colômbia. A acusação inclui associação ilícita, obstrução de justiça, tráfico de influências e colusão. A ordem gerou reações internacionais e críticas à sua legalidade.
Curruchiche, que lidera a Delegação Especial Contra a Impunidade, afirmou que Velásquez e Camargo formaram uma "estrutura criminal" que beneficiou a construtora Odebrecht, resultando em perdas de mais de três mil milhões de quetzais para o estado guatemalteco. A decisão judicial ignora a imunidade que Velásquez tinha para conduzir investigações, respaldada pela ONU.
A ordem de captura foi criticada por figuras como Juan Francisco Sandoval, exfiscal em Guatemala, que a considerou um "monumento à arbitrariedade judicial". A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Laura Sarabia, expressou um "enérgico rejeição" à ação, alegando falta de base jurídica e procedimentos transparentes.
Reações e Contexto
Analistas apontam que o caso é uma retaliação ao trabalho da CICIG, que desmantelou redes de corrupção envolvendo líderes políticos. Em 2023, Velásquez foi acusado de ter "pleno conhecimento" de negociações corruptas com a Odebrecht, mas as evidências mostraram que ele buscava acordos de cooperação com ex-executivos da empresa.
O ex-ministro Iván Velásquez, atualmente embaixador da Colômbia junto ao Vaticano, denunciou a corrupção de Curruchiche e da atual Fiscal Geral da Guatemala, Consuelo Porras. Ele afirmou que ambos foram sancionados por Estados Unidos e União Europeia por corrupção.
A ordem de captura reflete um padrão de uso arbitrário da ação penal contra aqueles que combatem a corrupção, segundo Juanita Goebertus, diretora da Human Rights Watch para as Américas. A situação continua a gerar preocupações sobre a integridade do sistema judicial na Guatemala.
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