05 de jun 2025
Prefeito de Palmas é investigado por suposto vazamento de informações sigilosas
Gravações revelam que o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, recebeu alertas sobre afastamentos de desembargadores do STJ.
Foto: Reprodução
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O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, está sob investigação por supostos vazamentos de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal (PF) realizou buscas em sua residência e na prefeitura, além de investigar conexões com o sobrinho do governador do Tocantins.
Uma gravação obtida pela PF revela que Siqueira Campos recebeu alertas de um ministro do STJ sobre o afastamento de desembargadores. Em um telefonema com um advogado, ele menciona um encontro com o ministro João Otávio de Noronha e relata que foi informado sobre o afastamento de quatro desembargadores. O ex-governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos, pai do prefeito, foi mencionado na conversa.
Siqueira Campos afirmou que não teve acesso aos autos do processo, que está sob sigilo do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Noronha negou ter participado de qualquer reunião sobre a operação Maet, que investiga a venda de decisões judiciais no estado. Uma fonte que participou do encontro em Brasília afirmou que a reunião ocorreu em 2011 e não envolveu informações sigilosas.
Desdobramentos da Investigação
A investigação, sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, apura vazamentos relacionados a duas operações no Tocantins. A decisão que autorizou as buscas ocorreu em 30 de abril de 2025, na nona fase da Operação Sisamnes. Além do prefeito, foram realizadas buscas no presídio onde está Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, que não é alvo da operação.
Thiago Barbosa, que atuava como assessor de um procurador de Justiça, é mencionado no telefonema transcrito pela PF. Seu advogado afirmou que ele foi usado e teve acesso a informações apenas por meio de contato com o advogado indicado pelo prefeito. O advogado também foi alvo de medidas cautelares por suspeita de repassar informações sigilosas.
As operações em questão, Máximus e Fames-19, investigam a venda de decisões judiciais e desvios de recursos durante a pandemia, respectivamente. A PF encontrou arquivos relacionados a essas operações no computador de Thiago Barbosa, que foram apreendidos para análise.
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