Defesa de Paulo Cupertino recorre da condenação por assassinato de Rafael Miguel e pais

A defesa de Paulo Cupertino Matias, condenado a 98 anos de prisão pelo assassinato do ator Rafael Miguel e de seus pais, protocolou um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A sentença foi lida no dia 30 de maio e Cupertino está preso desde 2022.

O recurso, apresentado em 5 de junho, alega cerceamento do direito de defesa e quebra da cadeia de custódia durante as investigações. A defesa busca a anulação do júri ou a redução da pena, permitindo que o empresário avance para o regime semiaberto.

Durante o julgamento, que durou dois dias, foram ouvidas sete testemunhas. Rafael, que tinha 22 anos, foi morto em junho de 2019, na presença de seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, que também foram assassinados. A família foi à casa de Cupertino para discutir o namoro de Rafael com sua filha, Isabela Tibcherani.

Isabela declarou que seu pai recebeu a família de forma agressiva e que ouviu os disparos após ser puxada para dentro da casa. Cupertino negou as acusações, atribuindo os assassinatos a um "vagabundo" que teria aparecido no local. O promotor Thiago Alcocer Marin afirmou que as provas contra Cupertino eram robustas, destacando que a perícia encontrou cartuchos da arma registrada em seu nome.

A defesa de Cupertino, representada por Mirian Souza e Camila Motta, ainda está organizando os argumentos do recurso. A decisão do juiz Antonio Carlos Pontes de Souza determinou que o réu permaneça em regime fechado, considerando a gravidade do crime e seu impacto psicológico nas famílias envolvidas.