Política

Vítima de violência doméstica é forçada a mudar de estado após dados expostos pela Justiça

Dados pessoais de mulher vítima de violência doméstica foram expostos pela Justiça, forçando a a mudar de endereço e abandonar o trabalho.

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Uma mulher de Pernambuco, vítima de violência doméstica, teve seus dados pessoais expostos em um processo judicial, mesmo com medida protetiva em vigor. Após a divulgação, o agressor conseguiu localizar seu novo endereço, forçando-a a abandonar o trabalho e mudar-se com a filha.

O incidente ocorreu após a mulher, identificada como Eduarda (nome fictício), atualizar suas informações no fórum da Vara de Violência Doméstica de Olinda. Funcionários solicitaram seus dados atualizados, alegando que eram necessários para o acompanhamento do processo. Contudo, esses dados foram incluídos nos autos, tornando-se acessíveis ao agressor e seu advogado.

Eduarda havia se mudado após o agressor ser preso preventivamente por seis meses, após uma tentativa de atropelamento. Ela não foi informada sobre a soltura do agressor, que foi visto em frente ao novo endereço da vítima, levando-a a temer por sua segurança. A Justiça de Pernambuco não se manifestou sobre o caso até o momento.

Desde 2024, a Lei Maria da Penha determina que processos de violência doméstica devem tramitar sob sigilo, sem necessidade de solicitação da vítima. A exposição dos dados de Eduarda contraria essa legislação, que visa proteger mulheres em situações de risco. O Instituto Maria da Penha, que defendeu Eduarda, solicitou a retirada urgente dos dados, mas a ocultação só ocorreu cinco dias depois.

Após o episódio, Eduarda pediu transferência na empresa onde trabalhava, mas não obteve sucesso. Ela decidiu se demitir e mudar-se novamente, mantendo seu novo endereço em sigilo, até mesmo de sua advogada. A situação evidencia falhas na proteção de vítimas de violência doméstica e a necessidade de maior rigor na aplicação da lei.

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