Moradores de Newark apoiam migrantes detidos em Delaney Hall com solidariedade

Protestos em Newark contra centro de detenção de migrantes

O centro de detenção de migrantes em Newark, Nova Jersey, reaberto em maio sem as permissões necessárias, tem sido alvo de protestos diários. Ativistas, como Terri Suess e Kathy O’Leary, denunciam as condições precárias dos detentos e a proposta de expansão do financiamento para a ICE, que pode aumentar a capacidade de detenção.

Suess, que tem se mobilizado desde abril, busca um van que transporta migrantes para o aeroporto. Ela já presenciou a carga de detentos em voos. Ao retornar ao centro, junta-se a outros manifestantes que protestam contra a detenção. O’Leary, membro da Pax Christi USA, destaca a mobilização orgânica de mais de 20 organizações comunitárias em New Jersey, unidas contra a agenda anti-imigração da administração Trump.

Condições e Mobilização

Os protestos têm atraído até 100 pessoas, especialmente após a participação do prefeito de Newark, Ras Baraka, que criticou a reabertura do centro. Baraka, que foi preso durante uma manifestação, alega que sua detenção foi motivada por malícia política. Ele processou autoridades federais, buscando responsabilização por sua prisão.

Os manifestantes expressam solidariedade aos detentos, que, segundo relatos, enfrentam condições adversas, como falta de medicamentos e alimentação inadequada. O’Leary menciona que muitos detentos vêm de estados distantes, e as condições de saúde e alimentação são alarmantes.

Expansão do Financiamento da ICE

A proposta de US$ 75 bilhões em financiamento adicional para a ICE, que inclui US$ 45 bilhões para expandir a capacidade de detenção, preocupa os ativistas. Suess alerta que, se aprovada, essa medida transformará drasticamente o cenário da imigração nos EUA. As manifestações também visam impedir a construção de novos centros de detenção.

Além dos protestos, os grupos oferecem suporte às famílias dos detentos, ajudando com assistência legal e recursos para visitas. O trabalho conjunto das organizações tem sido fundamental para manter a pressão sobre as autoridades e garantir que as vozes dos migrantes sejam ouvidas.