10 de jun 2025


Defesa de Braga Netto pede liberdade após conclusão dos interrogatórios
A defesa do general Braga Netto pede ao STF a revogação de sua prisão, alegando falta de novos fatos. Ele nega acusações de golpe.
Foto:Reprodução
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A defesa do general Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação de sua prisão preventiva, que se estende desde dezembro de 2024. O pedido foi feito após seu depoimento, onde ele negou as acusações de envolvimento em tentativas de golpe de Estado.
Durante a audiência, Braga Netto afirmou que não há novos fatos que justifiquem sua detenção, destacando que a fase de instrução do processo foi encerrada. A defesa argumenta que, com o término dessa fase, a manutenção da prisão não se sustenta. "A revogação da custódia cautelar do Gen. Braga Netto é medida que se impõe", afirmou a defesa.
O general também refutou as declarações do tenente-coronel Mauro Cid, que confirmou tentativas de golpe, mas se isentou de participação. Braga Netto alegou que a visita de Cid, onde supostamente se discutiu o golpe, foi apenas uma cortesia e não envolveu conversas profundas. Ele negou ter repassado qualquer quantia a Cid, que teria sido destinada a ações antidemocráticas.
Detalhes do Depoimento
Braga Netto depôs por videoconferência, acompanhado de seus advogados. Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes fez uma piada sobre a prisão do general, provocando risadas no plenário. O ex-ministro também pediu desculpas por suas críticas ao sistema eleitoral e ao Judiciário, classificando-as como "retórica".
Além disso, outros envolvidos no caso, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem, também prestaram depoimentos. Torres admitiu falhas na segurança durante os eventos de 8 de janeiro, enquanto Ramagem negou ter monitorado ministros do STF.
O caso de Braga Netto é parte de uma investigação mais ampla sobre um suposto plano golpista que teria como objetivo impedir a posse do presidente Lula. As acusações incluem a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, envolvendo outros réus próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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