10 de jun 2025

Ministros devem avaliar cuidadosamente provas no depoimento de Mauro Cid
Tenente coronel Mauro Cid depõe no STF e minimiza reunião militar, apesar de mensagens que sugerem ações golpistas. Credibilidade em jogo.
Foto:Reprodução
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O tenente-coronel Mauro Cid, delator em um caso de suposta trama golpista, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira. Sua colaboração é cercada de desconfiança, uma vez que a legislação brasileira exige provas que sustentem suas declarações.
Durante o interrogatório, Cid minimizou a importância de uma reunião entre militares, alegando que foi um encontro informal. No entanto, mensagens trocadas entre os participantes indicam discussões sobre ações golpistas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Cid sobre uma mensagem em que ele mencionava um encontro entre o general Estevam Cals Theophilo Gaspar e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid afirmou que a conversa foi casual e que o general apenas mencionou que cumpriria ordens do presidente se uma medida de exceção fosse assinada.
A palavra de Cid é considerada relevante devido à sua proximidade com Bolsonaro, mas sua credibilidade pode ser comprometida pela falta de provas concretas. O depoimento pode ser utilizado pela Procuradoria para reforçar as acusações contra o general Theophilo, que é réu em outro processo relacionado.
Cid também foi questionado sobre a entrega de dinheiro por um general, mas não apresentou evidências que comprovassem sua afirmação. Ele alegou que não percebeu a gravidade da situação até ser indagado pelos investigadores. Mensagens trocadas após uma reunião com o general Walter Braga Netto indicam que recursos estavam sendo discutidos, mas Cid negou que houvesse algo suspeito.
Os advogados dos réus exploraram as contradições nas declarações de Cid, que pode estar tentando proteger a si mesmo e seus colegas. A eficácia de sua delação dependerá das provas que forem apresentadas no processo, que podem determinar o desfecho das investigações.
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