11 de jun 2025


PM do Rio apresenta ao MP imagens de câmeras do Bope em operação no morro Santo Amaro
Secretário da Polícia Militar entrega imagens da operação que resultou na morte de office boy; pais clamam por justiça e investigação avança.
Pais do jovem morto no Morro Santa Bárbara se reúne com representantes do Ministério Público (Foto: Domingos Peixoto)
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Em uma reunião no Ministério Público do Rio de Janeiro, na terça-feira, o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, entregou um pen-drive com imagens das câmeras corporais dos PMs envolvidos na operação no morro Santo Amaro. A ação, ocorrida no último sábado, resultou na morte do office boy Herus Guimarães Mendes, de 23 anos, e deixou cinco moradores feridos. O caso é investigado pelo MPRJ e por um inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital.
As imagens entregues pela PM passarão por perícia. Além disso, um relatório sobre a atuação de 12 militares envolvidos na operação também foi enviado ao MPRJ. O secretário foi acompanhado pelo corregedor da PM, coronel Angelo da Costa Pereira. Os pais de Herus, Fernando e Mônica Guimarães, foram recebidos pelo procurador-geral de Justiça e prestaram depoimento, clamando por justiça. Fernando destacou a importância do acolhimento recebido e expressou confiança na investigação.
Durante a operação, Herus foi baleado enquanto estava em uma padaria, fazendo um pagamento por um refrigerante. A comunidade estava cheia devido a uma apresentação de quadrilha junina. PMs do Bope alegaram que entraram na área para capturar traficantes do Comando Vermelho, que supostamente planejavam invadir uma favela rival. Um sargento do Bope afirmou ter sido o único a disparar, contradizendo a versão inicial da PM.
Após os eventos, a PM afastou sete agentes e exonerou dois coronéis, incluindo o comandante do Bope. O secretário admitiu falhas no planejamento da operação, ressaltando que protocolos não foram seguidos. A Polícia Civil confirmou que um projétil foi retirado do corpo de Herus, que será confrontado com as armas dos policiais. O inquérito deverá ser enviado ao MPRJ após 30 dias, podendo unificar as investigações.
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