11 de jun 2025

Trump cria crises para consolidar poder na Casa Branca, afirmam especialistas em Direito
Trump enfrenta resistência judicial ao invocar poderes emergenciais para ações em Los Angeles, alegando uma crise de segurança.
Foto:Reprodução
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Donald Trump, ex-presidente dos EUA, invocou poderes emergenciais para justificar ações em Los Angeles, incluindo a federalização da Guarda Nacional e a deportação de migrantes. Ele enfrenta resistência judicial e ceticismo sobre suas alegações de crise.
Trump descreve uma situação alarmante na Califórnia, alegando uma "invasão" por gangues venezuelanas e ameaças à economia. Para sustentar suas ações, recorre a leis de emergência do Código dos EUA, que foram criadas para situações autênticas de crise. Especialistas em direito, como Ilya Somin, afirmam que suas alegações são infundadas e visam expandir seu poder, minando a Constituição.
A retórica de crise é uma constante na trajetória de Trump. Desde sua primeira candidatura, ele se posiciona como o único capaz de restaurar a grandeza americana. Agora, ele transforma essa narrativa em política pública, alegando que eventos rotineiros justificam o uso de poderes raramente acionados por presidentes anteriores. Frank Bowman, professor de direito, alerta que essa abordagem pode levar ao uso excessivo da força governamental.
A porta-voz da Casa Branca, Taylor Rogers, defendeu as ações de Trump, afirmando que ele está agindo corretamente para proteger os americanos. No entanto, tribunais têm rejeitado a maioria das alegações de poderes emergenciais. Em março, Trump invocou a Lei dos Inimigos Estrangeiros de 1798, mas juízes já contestaram a ideia de que gangues justificam tal uso da lei.
Além disso, autoridades da Califórnia contestaram a federalização da Guarda Nacional, alegando que a situação não se enquadra nos critérios legais para tal ação. A Suprema Corte ainda não se pronunciou sobre as alegações de Trump, mas decisões anteriores mostram ceticismo em relação a argumentos de emergência. A Constituição prevê restrições rigorosas para o uso de poderes emergenciais, refletindo a desconfiança dos fundadores em relação a ações autoritárias.
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