14 de jun 2025

Perfil de Mauro Cid no Instagram é desativado em meio a polêmica sobre futuro
Tenente coronel Mauro Cid enfrenta crise após exclusão de conta ligada a delação premiada, levantando dúvidas sobre sua credibilidade.
O ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid ao lado do seu advogado, Cezar Bittencourt, durante interrogatório na Primeira Turma do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, enfrenta uma investigação por envolvimento em uma trama golpista e foi preso por falsificação de cartões de vacina. Recentemente, a conta “@gabrielar702”, associada a Cid, foi excluída do Instagram após ele ser questionado sobre seu uso durante depoimentos.
Na terça-feira, 10, ao acessar o perfil, a mensagem “usuário não encontrado” indicava que a conta não estava mais disponível. Um dia antes, o advogado Celso Vilardi, que defende Bolsonaro na investigação, surpreendeu Cid ao mencionar a conta e indagar se ele a reconhecia. O ex-ajudante hesitou, afirmando que Gabriela é o nome de sua esposa. Naquele momento, a conta ainda estava ativa e, segundo a revista VEJA, foi por meio dela que Cid discutiu aspectos sigilosos de seu acordo de delação e criticou investigadores e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Cid começou a negociar um acordo de delação com a Polícia Federal em 25 de agosto de 2023, após quase cinco meses de prisão. Ele assinou um termo de confidencialidade, que estabelecia regras rigorosas para garantir a veracidade de suas declarações. O uso do perfil “@gabrielar702” pode comprometer esse acordo, uma vez que ele se comprometeu a “falar a verdade incondicionalmente” em todas as investigações.
Implicações do Depoimento
Durante os interrogatórios, Cid foi observado por advogados de defesa que notaram um “treinamento intenso” por parte dele. Levou anotações e mensagens coletadas pela PF, minimizando a importância de conversas que, segundo a Procuradoria-Geral da República, estão ligadas à organização de um golpe. Cid descreveu muitos apelos anti-democráticos como “bravatas” e comparou reuniões golpistas a uma “conversa de bar”. No entanto, a revelação do uso da conta em pleno depoimento pode colocar sua credibilidade em xeque.
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