Política

Advogado revela que aguardou 'momento oportuno' para apresentar mensagens ao STF

Advogado questiona validade da delação de Mauro Cid, alegando coleta ilícita de provas e falta de voluntariedade. Decisão do STF é aguardada.

Mauro Cid é o primeiro réu a prestar depoimento em ação penal de trama golpista no STF (Foto: Reprodução / TV Justiça)

Mauro Cid é o primeiro réu a prestar depoimento em ação penal de trama golpista no STF (Foto: Reprodução / TV Justiça)

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O advogado Eduardo Kuntz protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A solicitação ocorre em meio a investigações sobre uma suposta trama golpista. Kuntz argumenta que a coleta de provas foi realizada de forma ilícita e que Cid não agiu de maneira voluntária.

Em entrevista, Kuntz revelou que manteve diálogos com Cid sobre sua delação, apresentando essas conversas ao STF para contestar a legalidade do acordo. O advogado afirmou que decidiu utilizar esse material após seu cliente, Marcelo Câmara, ser intimado a apresentar defesa no processo da tentativa de golpe. A delação de Cid é central para a operação, e sua anulação poderia impactar as provas derivadas dela.

Kuntz destacou que as conversas com Cid, realizadas através de um perfil falso no Instagram, indicam irregularidades na coleta das informações. O advogado acredita que a delação pode ser anulada por dois motivos: falta de voluntariedade e descumprimento do acordo. Ele mencionou que a delação pode ser considerada inválida se houver vícios em sua condução.

Investigação e Procedimentos

Desde setembro de 2023, Kuntz instaurou um auto de investigação defensiva para organizar as atividades de defesa. Ele explicou que essa prática é comum na advocacia criminal e permite que o advogado realize um trabalho paralelo de investigação. O contato com Cid foi inicialmente feito por telefone, mas Kuntz optou por continuar a comunicação por escrito para preservar o material.

O advogado se disse seguro de que não cometeu obstrução de Justiça ao manter as conversas com Cid. Ele acredita que o ex-ajudante de ordens pode ter sido pressionado a fornecer informações que não possuía. Cid, por sua vez, nega ser o autor das mensagens trocadas com Kuntz.

Desdobramentos Futuros

O STF ainda deve decidir sobre o pedido de Kuntz, que se baseia em uma investigação própria realizada ao longo de seis meses. O ministro Alexandre de Moraes já havia rejeitado um pedido similar dos advogados de Bolsonaro, considerando os argumentos irrelevantes. A expectativa é que o tribunal se pronuncie em breve sobre a anulação da delação de Cid e as provas associadas.

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